Ethan Salvatore
Passo a mão pelo rosto de Camila, afastando a mecha que cobria seu belo rosto. Involuntariamente um sorriso rabisca os meus lábios, como ela pode ser tão bela dormindo?
O edredom branco só cobre da cintura para baixo, deixando seus belíssimos seios livres. Sua cabeça está relacionada no meu peitoral, com suas longas mechas morenas espalhadas pelo meu corpo. Camila dorme tranquilamente em meus braços, após mais uma noite delirante.
Depois que dormimos assim pela primeira vez, há uma semana em Paris, não conseguimos dormir de uma forma diferente. Falo isso com certeza após ter tentado e falhado miseravelmente, conseguindo descansar só depois que senti sua pele contra a minha.
Porra, Camila é uma drogada e eu estou totalmente viciada nela.
Com todo cuidado do mundo, saio de baixo dela, colocando o meu travesseiro no lugar. Rapidamente ela o abraçou e relaxou ao sentir o meu cheiro na fronha. Quando me dei conta, sorria como um bobo.
Vou até o armário e pego uma cueca box preta e uma calça de moletom. Afasto um pouco da cortina, abrindo a porta do quarto e indo para a varando. Fecho tudo atrás de mim para evitar que a clareza entre e acorde a bela morena que durma tranquilamente.
Apoio meu braço na nota, recebendo as boas-vindas do sol do tio de janeiro. Como o quarto está de frente para o mar, não posso vender a cidade, apenas a bela paisagem que sou contemplada.
Escuto a porta atrás de mim ser aberta, segundos depois seus seios chocam contra as minhas costas e suas pequenas mãos rodeiam o meu corpo. Viro o meu rosto e a vejo com a cara toda amassada, deixando claro que acabou de acordar.
__Bom dia.— Deseja carinhosamente, beijando as minhas costas.
__Bom dia, pequena.— Junto minhas mãos com a sua.
A diferença de tamanho é óbvia, fazendo com que ela suma atrás de mim.
__ Chegou o grande dia.— Fico de frente para ela, apoio o meu corpo na nota e abraço seu corpo.
__ Eu nem acredito que você ver a minha família.— Sorri de uma forma tão sincera que só consigo admirar.
Camila passou a semana toda ansiosa por esse momento. Ela me contou que já está há um tempo sem ver sua família, tinha que escolher entre mandar o dinheiro ou gastar com a passagem. Como sua família precisava, ela escolheua primeira opção.
Não posso mentir, me aproveitei um pouquinho do seu nervosismo. Amei distrair a morena na cama, foi delicioso.
__ É real, morena.— Sorriu para ela.— Já estamos no seu país, na sua cidade.
__ Obrigada por aceitar o almoço com a minha família.
Preciso confessar, estou um pouco nervoso com isso. Quando planejei o contrato, conhecer os pais da noiva não estava nos meus planos. Se tem uma coisa que odeio, com todas as minhas forças, é conhecer a família de alguém que está me envolvido, mesmo que seja uma mentira.
Minha primeira e única experiência com isso, com os pais da Letícia, não foi a melhor. Acho que acabei de criar um trauma com isso.
__ Minha família me mataria se eu não aceitasse. Além disso, todos iriam desconfiar caso não acontecesse.
__É claro.— O som de voz sai levemente desconfortável, desviando o seu olhar para o mar atrás de mim.
Sempre fui claro com Camila, é só um contrato. Todas as nossas previsões de carinhos são para manter a imagem de casal perfeita, tudo com a única intenção que ninguém descubra a nossa farsa.
Estamos na terceira semana desse contrato e embora estejamos sendo bem proveitoso, está chegando ao seu fim. Após essas quatro semanas, no máximo cinco, voltaremos a ser completos estranhos para o outro. Foi assim que combinamos lá atrás e será assim que tudo irá acontecer.
__ Vamos nos arrumar?— Proponho.
Não quero que continue nesse clima denso que se fez, menos ainda quero continuar pensando nisso. Quando chegar no final me preocupo com isso, agora só quero continuar vivendo.
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