Te Quero de Volta romance Capítulo 157

Conforme as vozes de Adrian e de Tristan se afastavam, a mulher ficou ali, paralisada. De repente, ela se arrependeu de ter pedido para eles saírem. Agora, ela estava sozinha, cara a cara com RK.

Stella estava em um dilema...

"Por que você mentiu pra mim naquela época e teve o filho em segredo?"

RK foi o primeiro a falar. Seus olhos azul-escuros miraram os da mulher, e, por dentro, ele sentia uma amargura indescritível.

O tom de questionamento do homem a deixou com medo de confrontá-lo.

"Por quê?"

No passado, ela também se perguntou o motivo, uma vez que sabia que o filho cresceria sem pai. Ele até sofreria bullying das outras crianças e seria discriminado.

No entanto, ela não queria tirar a vida do bebê e arrancar dele todas as possibilidades.

Ou, talvez, podia-se dizer que naquela época ela foi egoísta e não quis cortar o último elo que tinha com RK.

Stella ficou em silêncio por um bom tempo, antes de sorrir e responder: "Você quis que eu me livrasse do nosso filho, mas eu não queria. Ele também era meu. Não tenho o direito de fazer a minha própria escolha?"

"Um filho meu precisa ter meu sobrenome: Kingston!"

O tom do homem era firme e resoluto, como se não deixasse espaço para discussão.

"RK, quem você pensa que é pra dizer isso? Que direito você tem de dizer que ele é o seu filho? Você sabe o quanto foi cruel todos aqueles anos? Pra se casar com a Sophia, você me expulsou da sua mansão e me pediu pra assinar o acordo de divórcio! Ainda por cima, queria que eu me livrasse do bebê. Já que escolhi ter o Adrian sozinha, não vou deixar que você se envolva na vida dele! Você vai se casar com Sophia, então por que ainda quer tanto arruinar a minha vida? Quem diabos você pensa que é?"

Stella gritava histericamente enquanto via o homem se aproximar devagar. O rosto dela estava todo manchado de lágrimas, e ela não se importava nem um pouco que aquele fosse o saguão do aeroporto.

De qualquer forma, todas as pessoas que estavam ali antes tinham sido expulsas pelos subordinados dele.

Adrian também não estava lá, então ela não tinha com o que se preocupar.

O homem não pareceu hesitar por um instante sequer. Vendo como os ombros dela estavam trêmulos e como ela parecia estar em pânico, ele bufou e repetiu: "Ele é o meu filho e ponto final. Sem mim, você não teria tido um bebê!"

"RK, e daí que você tem provas que o Adrian é o seu filho? Você não pode nem mesmo dar um lar pra ele. Por que ele deveria te chamar de pai?"

Ela nunca se esqueceria de como o menino ficou pálido ao saber a verdade.

Stella sabia como Adrian era obediente e também sabia que talvez ele fingisse estar bem na frente dela, para não deixá-la preocupada com ele. Era possível que o menino tivesse ficado de mau humor por conta da mágoa que sempre carregou.

Se esse não fosse o caso, será que o menino teria tido a coragem de dizer que o pai dele estava morto na cara de RK?

"O sobrenome dele precisa ser Kingston!"

As palavras dele ecoaram pelo saguão, como se ele fosse um rei dando uma ordem.

O homem não respondeu à pergunta de Stella, apenas repetiu o mesmo argumento.

A mulher sentiu o coração apertar no peito. Depois de ouvir o que ele disse, ela enfim não aguentou mais. A paciência dela havia chegado ao limite.

Pá!

Após dar alguns passos rápidos na direção dele, Stella meteu um tapa no rosto bonito do homem. O barulho ressoou pelo saguão.

Com os dentes cerrados, a mulher rugiu: "Esse tapa é pelo Adrian. Ele tem só cinco anos. Você faz ideia de como ele ficou magoado com o que você acabou de fazer? Mesmo assim, você tem a cara de pau de me dizer que ele precisa ter o sobrenome Kingston!"

"Rene Kingston, vou te dizer pela última vez: o sobrenome do Adrian é Richard, e você não tem nada a ver com a vida dele! De agora em diante, somos apenas chefe e subordinada, e nada além disso. Talvez, daqui a pouco, não seremos nem isso.”

Se ela se demitisse, poderia se distanciar dele de vez. Ela começaria do zero, na França, apesar de Adrian ter que sofrer um pouco por causa disso.

A palma da mão de Stella estava dormente por conta do golpe. Ela olhou fixamente para a marca vermelha na bochecha direita do homem e sentiu-se como se estivesse perdida.

Passaram-se seis anos, e ela havia voltado. Não teria sido perfeito se ele tivesse tratado a mulher como se ela não existisse, ou então a tivesse expulsado com desgosto?

Não era possível que ambos seguissem seus próprios caminhos, sem incomodar um ao outro? Não era isso que ele queria?

Passaram-se seis anos, porém ela ainda não entendia o que passava pela cabeça de RK.

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