Te Quero de Volta romance Capítulo 156

"RK!"

Ao ouvir o que o homem disse, Stella ficou apavorada.

Ela gritou com tanta força que a voz quase saiu rouca. A mulher não sabia o que os capangas de RK eram capazes de fazer. Por um momento, os três eram os únicos na área onde estavam.

Stella olhou para ele com teimosia, e as lágrimas enfim começaram a escorrer dos olhos escuros dela.

Ela estava praticamente implorando: "RK, me solta... O Adrian é o meu filho, e ele não tem nada a ver com você".

Ele não sabia como ouvir a verdade seria duro para uma criança de cinco anos?

O homem tinha uma filha e uma noiva, então não podia dar um lar para o menino.

Além disso, eles já tinham se divorciado havia tantos anos... Adrian era novo demais para suportar as consequências das decisões deles.

"Você não é meu pai! Ele morreu muito tempo atrás!"

A voz da criança quebrou o silêncio. Ela era infantil, mas transbordava raiva. Adrian estava pálido e olhava feio para o homem. Até mesmo Stella, que era mãe dele e o criou desde sempre, nunca o havia visto assim.

"Adrian..." A mulher sentiu um aperto no peito ao ver a dor do filho.

No entanto, diferente da reação de Stella, a expressão fria do homem tornou-se sombria, como se ele tivesse acabado de levar um soco na cara.

"Seu malvadão! Solta a minha mãe, ou eu vou chamar a polícia agora mesmo, e você vai ser preso!"

Enquanto ameaçava RK, o garotinho pegou o celular e tentou ligar para a polícia.

Se um homem horrível desses fosse mesmo seu pai, ele preferia ficar longe dele.

RK tratava Stella muito mal, além de ter jantado e saído para fazer compras com outra mulher. Adrian não queria um pai assim!

A reação do pequenino não era bem o que Stella imaginava. O filho não parecia estar confuso, como ela pensou que ele ficaria. Adrian não fez nenhuma pergunta ao suposto pai; em vez disso, ficou do lado da mãe e afirmou com certeza que o pai biológico não estava mais vivo.

"Ouviu o que ele disse? Me larga!"

RK cerrou os dentes e deu um sorriso de escárnio. Ao ver que o homem não a soltaria, ela quis mordê-lo com força, mas teve medo de sujar a boca e quebrar os dentes.

"Stella, você vai continuar a mentir agora que as coisas chegaram a esse ponto? Você quer tanto assim que ele não tenha um pai? Eu ainda tô vivo! Por que você disse a ele que eu morri?"

O homem apertou os olhos e fulminou-a com o olhar. A expressão dele era aterrorizante, e ele emanava uma aura ameaçadora.

A raiva em seus olhos deixou Stella indignada.

Por que ela quereria que Adrian não tivesse pai?

O maior desejo da mulher era dar ao filho um lar completo e uma infância linda e feliz. Porém, não conseguia fazê-lo sozinha.

Por tantos anos, o maior fracasso dela foi não ter conseguido encontrar alguém que desse amor paterno ao menino.

Parada na frente dele, Stella deu um sorriso forçado e disse em um tom hostil: "RK! Quem você pensar que é pra dizer essas coisas? Você não tem direito nenhum de falar isso!"

Ele ordenou que ela se livrasse do bebê. Nesse caso, qual era o problema de dizer ao filho que o pai dele estava morto?

O homem nunca teve nada a ver com a vida do menino!

"Stella... Você não teria tido um filho sem mim!"

"Ah..."

RK mal havia dito esse frase quando ouviram alguém arfar de surpresa.

"Tristan..." Stella não esperava que o homem fosse aparecer do nada em um momento tão crítico.

Tristan viu como a mulher estava surpresa e logo em seguida percebeu que ela estava chorando. Então, olhou para o homem que a segurava com tanta força e pareceu ficar furioso.

De repente, o olhar dele ficou completamente diferente do normal. Em um piscar de olhos, ele deu um soco na barriga de RK, que não aguentou de dor e soltou Stella.

A dor aguda que RK sentiu no abdômen o fez dar uma risada amarga. "Obrigado por cuidar do meu filho e de Stella nos últimos dias."

Ele falava em um tom tão autoritário que lembrava o de um rei, o que fez o outro homem franzir ainda mais a testa.

Tristan estendeu a mão para proteger Stella, que estava atrás dele. Ele abriu os lábios finos e disse com calma: "RK, escuta aqui... Você é o noivo da minha irmã e não tem direito nenhum de interferir na vida da Stella!"

"Sr. Davis, você tem uma memória ruim? Eu já disse que não gosto que os outros interfiram no meu trabalho. Isso não é da sua conta!"

RK se perguntou o que seus seguranças estavam fazendo, visto que deixaram Tristan entrar.

Irritado, ele ergueu um pouco as sobrancelhas.

"Você e Stella se divorciaram! Já se esqueceu disso? Você, o noivo da Sophia, logo vai ser o meu cunhado!" Dessa vez, até mesmo a mulher percebeu o quanto Tristan estava furioso.

Ela não conseguia se lembrar da última vez em que o viu fazer uma cara tão assustadora.

Olhando para a expressão fria no rosto de RK, Stella apertou por reflexo a mão de Adrian. Vendo como ele estava pálido, ela se agachou na frente dele, acariciou seus cabelos macios e engoliu o choro. "Não precisa ter medo, Adrian... Eu tô aqui! Não vou deixar ninguém te tirar de mim. Pode ficar tranquilo..."

Nesse momento, ela não sabia com quem exatamente estava falando.

A mulher não sabia se estava tentando confortar o filho ou si mesma.

"Stella, eu já vi os resultados do teste. Você não pode se esconder de mim. Mesmo que fuja até os confins do mundo, vou encontrar você e o meu filho."

Dava para ver que RK já havia se decidido. Se ela não lhe desse uma explicação satisfatória hoje, ele não a deixaria em paz.

Ela olhou para o outro homem e tomou uma decisão. "Tristan, por que você não leva o Adrian pra comer alguma coisa? Ele ainda não tomou café da manhã, então deve estar com fome!"

"Ok." O homem não se intrometeu, pois sabia que ela queria resolver o problema sozinha.

"Tio Tristan, e se esse tio malvado maltratar a mamãe? A gente tem que ficar!"

O pequenino segurou com força a perna do homem e parecia determinado. Ele olhou para RK como se estivesse olhando para um vilão horrível.

Tristan o pegou no colo e passou a mão nos cabelos do menino com carinho. "Não, ele acabou de levar um soco de mim, então não vai se atrever a fazer isso. Vamos, você tem que obedecer a mamãe. Vou te levar pra tomar café da manhã. Tá com fome? Quer comer o quê? Conta pra mim!"

"Bem... Eu queria comer algo picante. Tio Tristan, sabia que adoro salgadinhos ardidos? Mas a mamãe sempre me diz que eu não posso comer sem a permissão dela. Fico muito bravo!"

"Você não pode comer salgadinho no café da manhã, mas prometo que vou te levar pra comer uma coisa ainda mais gostosa!"

"Sério?"

"Quando que eu menti pra você, Adrian?"

"Tio Tristan, você é muito bonzinho, além de ser alto e bonito! Parece até um príncipe encantado!"

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