Chego na empresa e espero por ela, tenho que falar coisas para ela que não sinto para que isso acabe. Mesmo pensando muito nela, eu não posso permitir que ela ameace minha mulher e meu filho.
Ontem Ângela disse que ela falou absurdos e até sobre eu ter traído Ângela com ela.
Vamos pôr um fim nisso.
Mariana me avisa que ela chegou.
Está na hora.
Vejo um brilho diferente no seu olhar.
Peço para que ela se sente.
- Gabriela ontem a festa foi um sucesso, mas não é sobre isso que eu quero falar com você, Ângela me disse que ontem vocês tiveram uma conversa desconfortável e não quero que isso se repita. - Digo e ela abre a boca para dizer algo, mas a interrompo. - Deixe-me terminar, sei que houve algo entre nós, mas vamos esquecer disso, não quero estar envolvido em sua vida e nem quero que se envolva na minha, vamos manter o máximo de distância um do outro. - Digo sendo o mais frio que eu consigo.
Vejo o olhar dela vacilar um pouco.
E por mais que ela tenha me enganando meu coração dói ao dizer essas coisas.
Ela se levanta e vai embora.
Não diz nada.
Foi melhor assim.
Gabriela:
Ao chegar em casa não permito que minhas lagrimas caíssem, ele não podia ter me tratado desse jeito.
Não vou importuná-lo com um filho se ele já tem um a caminho.
Decido que será melhor eu me afastar enquanto ainda é tempo.
Começo a arrumar as minhas malas, quanto mais rápido eu sair de perto deles menos irei me machucar.
Alguns minutos depois de eu arrumar a minha mala ouço a campainha.
Em algum lugar de mim guardava um pouco de esperança que seja ele, foi por isso que desci correndo as escadas.
Ao abrir a porta todo o controle que eu tinha sobre as lágrimas se foram.
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