Traição Seguida de Doce Carinho romance Capítulo 172

Até hoje, Afonso não tinha entendido o porquê.

Ele sempre foi desinteressado em mulheres.

Mesmo Beatriz, ele nunca teve aqueles pensamentos.

Ele também pensou que talvez fosse um problema dele.

Mas naquela noite, após encontrar aquela moça, pareceu que tudo mudou.

Parecia haver uma fera adormecida vivendo dentro de seu corpo, que foi acordada naquela noite e saiu do controle.

Ele podia sentir que, por tantos anos, certos princípios aos quais ele havia se apegado haviam finalmente desmoronado.

Sim, ele agiu de forma desprezível, como um hipócrita aproveitando-se da vulnerabilidade alheia.

Sabendo que Carolina não estava em controle de si mesma, mas mesmo assim a possuíra.

Naquela noite, ele de fato não dormiu.

Observando ao seu lado aquela garota dormindo como um gatinho, caiu pela primeira vez em perplexidade.

Por que ela?

Essa era uma pergunta que nem ele conseguia entender.

Afonso nunca acreditou em destino.

Mas após encontrar Carolina, sempre sentia uma espécie de predestinação inevitável.

Aquela sensação do primeiro batimento cardíaco.

Quando ela se aproximou para beijá-lo, aquela sensação de tremor com uma corrente elétrica e um vago arrepio involuntário por todo o corpo era algo que Afonso nunca havia experimentado antes.

Não foi sem resistência.

Essa moça pareceu quebrar seus princípios assim que apareceu, como uma pedra lançada na água, sem cerimônias causando ondulações.

E ainda assim, ela perguntava com toda a seriedade por quê?

Ele queria saber ainda mais do que ela.

Carolina, ao ouvir as palavras de Afonso, sentiu o coração mover-se de forma inexplicável.

Afonso disse que desde o primeiro olhar, gostou dela.

Fogos de artifício começaram a explodir dentro de sua cabeça, e bolhas cor-de-rosa inexplicavelmente surgiram em seu coração, tão cheias que estavam prestes a transbordar daquela maneira.

Carolina, um pouco envergonhada, baixou a cabeça: "Então, isso é uma declaração de amor?"

Afonso ergue ligeiramente as sobrancelhas, "Mais ou menos".