Traição Seguida de Doce Carinho romance Capítulo 395

Afonso abraçou Carolina: “Céu claro é sempre bom, mas uma chuva torrencial também tem sua beleza única, não há motivo para preocupação. Mesmo que o seu céu esteja coberto de tempestades, eu sempre estarei aqui para oferecer-lhe um guarda-chuva.”

Carolina virou-se e abraçou Afonso.

Era impossível não se sentir tocada.

Mas e se essa chuva caísse por sua causa?

Carolina não ousava pensar nisso.

Nos últimos dias, devido à ausência de Pérola, ela se deu um intervalo vazio.

Ela decidiu não pensar nos antigos ressentimentos, não pensar se a morte de sua mãe realmente tinha algo a ver com Pérola, apenas desfrutava completamente o tempo com Afonso na Siglo Entertainment.

Quanto mais tempo passava ao lado de Afonso, mais se sentia presa, como se estivesse atascada na lama.

E nesses dias, além de estar ocupada com sua tese, Carolina também tentava descobrir notícias sobre Pedro.

Laura disse que o início de todas as desavenças estava naquele homem.

Mas Carolina não conseguiu muitas informações úteis.

Posteriormente, Carolina visitou sua antiga escola de cinema.

Encontrou uma colega de classe de sua mãe, que agora é uma respeitada diretora do departamento de atuação.

O que ela disse sobre o passado não diferia muito do que Heitor havia contado.

Sobre o passado de Pérola e Júlia, pareciam relutantes em falar.

Mas, inadvertidamente, ela mencionou algo.

Quando Júlia estava na escola de cinema, tinha um namorado de infância chamado Pedro.

Foi essa menção de um amor de infância que fez Carolina decidir visitar a casa de sua avó.

Afonso inicialmente iria com ela.

Assim que entraram em casa, a avó começou a reclamar: “Eu, uma velha quase com um pé na cova, e vocês insistem em arrumar a casa dessa maneira, gastando dinheiro e esforço.”

Carolina segurou a mão da avó: “Avó, você ainda vai viver muitos anos, não permito que fale assim. Além disso, foi Afonso quem organizou tudo. Você não queria se mudar para a cidade, então ele só queria tornar sua vida mais confortável aqui, principalmente porque você tem dificuldades para se locomover. Não dá para ficar sempre carregando água do poço.”

A avó pode ter dito que era um desperdício, mas no fundo estava muito feliz.

Agora, as pessoas da vila sabiam o quão bem seu genro a tratava, e todos invejavam muito.

À noite, a avó preparou sopa de galinha.

Carolina bebeu três tigelas, ainda querendo mais.

A avó suspirou: “Você comendo me lembra tanto sua mãe. Sempre que ela voltava, eu fazia sopa de galinha para ela, e ela podia beber uma panela inteira sozinha.”

Ao mencionar sua mãe, Carolina hesitou por um momento e então perguntou casualmente: “Avó, você conhece alguém chamado Pedro?”

Ao ouvir esse nome, a expressão da avó mudou: “Você está falando daquele arruaceiro do orfanato, né? Claro que eu conheço. Ele estava sempre se metendo em brigas e causando problemas, todo mundo aqui na vila e na cidade sabia quem ele era. Depois ouvi dizer que ele foi preso.”