Traição Seguida de Doce Carinho romance Capítulo 469

Afonso levou Carolina até a frente da Villa Costa.

O carro parou.

Havia um silêncio total dentro do carro.

Afonso pegou um cigarro, acendeu e depois o apagou.

Finalmente, ele quebrou o silêncio: "Você quer que eu fique esta noite com você?"

Carolina balançou a cabeça em negação.

Depois de um dia inteiro de letargia, Carolina estava agora consideravelmente mais lúcida.

De certa forma, eles já estavam divorciados.

A presença de Afonso nos últimos dias foi por conta do carinho do passado.

Mas, sem Afonso, Carolina talvez não conseguisse sobreviver a esses três dias.

"Obrigada, mas não será necessário, Afonso. Daqui para frente, cada um de nós deve seguir seu próprio caminho."

Carolina tinha clareza em seu coração.

Uma vez que Afonso entregara os papéis do divórcio, isso significava que ele também havia se ajustado.

Se não fosse pela morte súbita de seu pai, não haveria mais nenhum vínculo entre eles.

A voz de Afonso também era serena: "Então entre, cuide bem de si mesma daqui para frente."

Carolina assentiu: "Você também."

Carolina nunca imaginou que poderia conversar tão calmamente com Afonso.

Após o divórcio, parecia que ambos haviam dado um passo para trás.

Tornando-se estranhos, mas ainda familiarizados.

Carolina saiu do carro.

Caminhando passo a passo para frente.

Tudo passará.

Ela estava mordendo os lábios.

Mas estava prestes a desabar.

Ela não queria deixar Afonso.

Não queria estar sozinha neste mundo.

Ela já não tinha sua mãe, e agora também havia perdido seu pai.

Ela não tinha mais nada.

Os ombros de Carolina começaram a tremer.

Afonso observava a silhueta de Carolina se afastar.

No fim, ele acendeu outro cigarro.

Se ela olhasse para trás, se ela desse apenas uma olhada para trás, ele iria correr até ela sem hesitar.

Mas ela não o fez.

Ele precisava ir embora.

Essa era a condição acordada com o Velho Senhor.

Mas de que isso adiantava?

Todos se foram.

Parecia que tudo o que ela fazia perdia o sentido.

Uma mão de Carolina repousava sobre seu ventre.

Não, ela ainda tinha ele.

Ela ainda tinha um filho.

O filho dela e de Afonso.

Ela não podia desmoronar.

Nos últimos dias, ela quase não comeu nada.

Carolina quase não ousava olhar no espelho.

A pessoa no espelho parecia que nem mesmo ela reconhecia.

Carolina se levantou.

Foi até a cozinha e fez uma tigela de sopa clara para si mesma.

Ela precisava comer.

Ela tinha que cuidar bem de seu corpo para que o bebê fosse saudável.

Mas ela mal conseguia engolir aquela sopa.

Depois de apenas algumas mordidas, sentiu seu estômago revirar, e Carolina começou a vomitar loucamente novamente.