Traição Seguida de Doce Carinho romance Capítulo 480

Alberto tossiu levemente.

Todos ficaram em silêncio.

Alberto falou lentamente: "Eles são crianças que eu cuidei e eduquei desde pequeno, podem ser considerados seus irmãos e irmãs. Este é o segundo, Fênix; este é o terceiro, Renan", e apontando para o garoto que dirigia, continuou, "este é o quarto, Xavier; e então, apontando para uma garotinha que parecia ter quatorze ou quinze anos no canto, essa é Célia."

Foi então que Carolina notou a criança que estava de pé no canto.

A criança parecia muito magra, vestindo uma roupa esportiva toda preta, e embora estivesse com todos, era difícil notá-la, como se pudesse se tornar invisível.

Carolina ainda estava muito confusa.

Não conseguia assimilar tudo de imediato.

Havia muitas e muitas dúvidas em sua mente.

Como o que realmente era um padrinho, por que ele apareceu exatamente naquele momento, quem eram essas pessoas de fato, e para onde elas estavam indo agora...

Mas essas dúvidas eram complexas demais.

Carolina não tinha forças para falar naquele momento.

Parecia que ela também tinha vivenciado muitas coisas naquela noite.

Desde o momento em que Viviana tentou matá-la.

Carolina só sentiu que o tipo de conexão sanguínea que ela acreditava ter com o mundo se tornou sem valor.

Mas agora, para onde ela deveria ir?

Carolina queria voltar para o interior, viver com sua avó.

Mas ela não podia, pois com certeza seria rapidamente encontrada por Afonso.

E agora ela não tinha mais lugar nesta cidade.

Alberto levou Carolina a um parque de entretenimento na encosta de uma montanha.

Atravessando o parque de entretenimento, chegaram a uma vila cercada por um lago.

Uma lancha as levou para o outro lado da margem.

Ao longo do caminho, Carolina viu inúmeros seguranças vestidos de preto.

Todos que viam Alberto tinham um olhar de respeito e medo em seus olhos.

E aquelas pessoas também olhavam para a mulher de vermelho e o homem de óculos com a maior deferência.

Eles pareciam ser os verdadeiros donos daquele lugar.

Ele tinha uma longa cicatriz no canto do olho.

Mas com o passar dos anos, aquela cicatriz não parecia tão assustadora.

Quando sorria, até se misturava com as rugas ao redor dos olhos.

Parecia um tanto gentil e carinhoso.

Sua voz era suave e calma: "Meu nome é Alberto Duarte, não sei se você já ouviu falar."

Alberto?

Embora Carolina não fizesse parte desse círculo, ela já havia ouvido o nome Alberto.

Afinal, ela estudou jornalismo.

Alberto, o líder do poderio do submundo na Capital, um nome que só de ser mencionado já fazia o submundo e a sociedade em geral tremerem de medo. Dizia-se que ele era discreto e misterioso, com seus próprios mercenários no Delta, e que seu poder no exterior era até maior do que no próprio país. Seus negócios, tanto lícitos quanto ilícitos, se estendiam por todo o mundo, incluindo cassinos clandestinos, parques de diversões, imóveis, tecnologia da informação e eletrônica. Ele tinha influência em diversos setores, seja na luz ou nas sombras, incontáveis a ponto de não poderem ser quantificados, e até mesmo tinha seu poder estendido para a política.

Corria o boato de que ele havia adotado vários filhos e filhas adotivos, cada um deles um gênio em seu próprio campo, ajudando-o a gerenciar seus negócios tanto nacionais quanto internacionais.

Se dissermos que a luz representa um mundo, e a escuridão, outro.

Então, o nome Alberto é o soberano do mundo das trevas!