Traição Seguida de Doce Carinho romance Capítulo 498

Ao longo desses anos, ela trabalhou como jornalista.

Não sabe quantas vezes se deparou com incidentes inesperados.

Inclusive, já enfrentou ataques terroristas graves.

Mas, naquele momento, Carolina não se sentia tão perturbada quanto agora.

Afonso parecia ser a lacuna em seu raciocínio.

Sobre as coisas relacionadas a ela, parecia que de repente perdia a capacidade de análise e pensamento.

A única coisa que lhe vinha à mente era uma estratégia para ganhar tempo.

A única certeza era que agora definitivamente não podia se encontrar com aquele homem.

Ele nem mesmo sabia que ela havia dado à luz ao filho.

Carolina não podia prever a reviravolta que ocorreria se Afonso descobrisse que Teodoro era filho de ambos.

Além disso, Afonso estava prestes a ficar noivo.

Então, a voz de Teodoro veio do celular: "Mãe, o tio quer falar com você um momento."

Carolina sentiu o coração apertar.

Pela perspectiva de Carolina, era possível ver claramente que Teodoro havia tirado o relógio e entregue a Afonso.

Afonso levou o relógio aos lábios.

Sua voz, clara, chegou do outro lado: "Olá, aqui é Sean, poderíamos nos ver?"

Fazia muito tempo que Carolina não ouvia a voz de Afonso.

Sua voz era calma e grave, transmitindo uma familiaridade fria e distante.

O coração de Carolina começou a bater descontroladamente.

Era como se algo dentro dela estivesse despertando loucamente.

Carolina simplesmente não conseguia responder.

Porque sabia que ao abrir a boca, se revelaria.

Do outro lado, veio a voz um pouco confusa de Afonso: "Alô?"

Carolina rapidamente desligou o celular.

Do outro lado, Carolina viu a expressão confusa de Afonso.

Mas ele ficou confuso por apenas um segundo.

Afonso levou o pãozinho de volta para a Vila Green.

Cleiton comentou: "O responsável por esse garotinho realmente não se preocupa, né? Como pode deixar o filho com um estranho e não temer que algo aconteça?"

Afonso respondeu calmamente: "Você acha que ele teria problemas comigo?"

"Senhor, não foi isso que eu quis dizer."

Cleiton, dirigindo, olhava para o seu chefe pelo retrovisor.

Por que ele sentia que o senhor estava até feliz por não ter mandado o pãozinho embora?

Depois de voltarem, não demorou muito para o pãozinho entrar novamente em estado de hibernação.

Cleiton lembrou a Afonso: "Senhor, amanhã o senhor tem uma reunião importante na filial dos Estados Unidos. O que faremos com o pãozinho?"

Na Vila Green não havia empregados fixos; a limpeza era feita por trabalhadores temporários.

Afonso teria uma reunião importante no dia seguinte.

E ele também precisava estar presente, então não poderia ficar para cuidar do pãozinho.

Cleiton sugeriu: "Devo procurar uma babá temporária agora?"

"Não é necessário." Afonso falou calmamente: "Amanhã, leve-o comigo para a empresa."