Traição Seguida de Doce Carinho romance Capítulo 516

Afonso realmente não conseguia mais se conter.

Por tantos anos, ele sequer ousava pensar sobre isso.

Da euforia ao desespero sem fim, até uma pequena chama de esperança que ainda queimava em seu coração.

Ninguém sabia como ele lutava consigo mesmo ao longo desses anos.

Nos momentos de desespero, ele tentava se dar esperança.

Quando estava cheio de esperança, bastava um momento de clareza para rapidamente cair novamente no abismo.

Naquela época, ele passava os dias olhando para o ultrassom montado a partir de fragmentos.

Era seu filho.

O quanto ele se alegrava no coração, era o quanto ele temia.

Mais tarde, ele sentiu que estava sendo torturado até a loucura.

Então, ele guardou o ultrassom e nunca mais tocou nele.

Ele raramente pensava sobre isso.

Em vez disso, dedicava toda a sua energia a procurar por Carolina.

Porque Afonso sabia que, se encontrasse Carolina, tudo teria uma resposta.

Mas essa resposta, ele preferiria nunca saber em toda a sua vida.

Ele realmente havia matado o filho dela, o seu próprio filho.

Como ela poderia ser tão cruel!

Afonso finalmente perdeu o controle.

Ele realmente enlouqueceu.

O amor e o ódio indistinguíveis desses quatro anos explodiram naquele momento ao extremo.

Uma palavra dela destruiu toda a sua esperança.

Afonso já estava apertando o pescoço de Carolina: "Carolina, como você ousa matar meu filho, como você ousa..."

Os dedos de Afonso apertaram.

Carolina sentiu, por um momento, que não conseguia respirar.

Mas seu olhar caiu sobre o rosto de Afonso.

Tudo o que viu foram seus olhos vermelhos, como os de uma fera enlouquecida.

Naquele instante, Carolina teve certeza, Afonso talvez realmente quisesse matá-la.

Mas naquele momento, Renan se aproximou.

Seus movimentos eram rápidos como um relâmpago, mas superficialmente, nada parecia fora do lugar.

Mas Afonso pôde dizer, por sua habilidade, que ele certamente havia sido um militar, submetido a treinamento especial.

Essa técnica não era algo que uma pessoa comum possuísse.

Afonso tinha uma expressão sombria, com uma mão pendendo frouxamente.

A dor no pulso era nada comparada à agonia em seu coração.

Mas foi essa dor aguda que fez sua mente se clarear rapidamente.

Ele olhou fixamente para o homem que segurava Carolina.

Ele usava óculos de armação dourada, com olhos estreitos e penetrantes, um olhar frio.

Mas foi justamente uma pessoa de aparência tão refinada que possuía habilidades tão brutais.

Cleiton também chegou correndo.

Ao ver a mão de Afonso, ele percebeu que algo estava errado.

O que exatamente havia acontecido aqui?

Cleiton correu para o lado de Afonso: “Presidente, o que aconteceu com sua mão?”

A voz de Renan era realmente suave e distante: “O pulso do seu presidente está deslocado. Seria melhor ir ao hospital agora. Se demorar, não posso garantir que possa ser corrigido.”