Traição Seguida de Doce Carinho romance Capítulo 678

Carolina passou um tempo sozinha no camarote, perdida em seus pensamentos.

Ela mesma não sabia exatamente no que estava pensando.

Sua mente estava um turbilhão.

A imagem de Afonso surgia inesperadamente.

Por algum motivo, Carolina sempre tinha a ilusão de que Afonso estava por perto.

Ela se levantou e saiu.

Ao abrir a porta do camarote, viu Afonso à sua frente.

Carolina, ao ver a expressão severa diante dela, pensou que era apenas uma ilusão de seus pensamentos diurnos.

Rapidamente, ela recuou um passo.

Mas então percebeu que não era uma ilusão.

A aura fria que emanava de Afonso quando ele estava furioso era algo com o qual ela estava muito familiarizada.

Além de Afonso, quem mais poderia transformar o espaço ao redor em um imenso depósito de gelo?

Mas Carolina estava extremamente surpresa por Afonso aparecer assim, diante dela.

Porém, depois de pensar um pouco, não havia nada de estranho.

Paraíso na Terra era conhecido por ser um local de luxo e prazeres na Capital.

Sendo Afonso um homem de reputação conhecida, era natural que ele fosse ao Paraíso na Terra, digno do Sr. Cardoso.

Carolina não perguntou o que ele estava fazendo ali.

Em vez disso, com um sorriso nos lábios, ela disse: "Sr. Cardoso, que coincidência."

A voz de Afonso estava fria, como se ele estivesse tentando conter algo: "O que você está fazendo aqui?"

"Se o Sr. Cardoso pode estar aqui, por que eu não poderia?"

"Eu sou um homem."

Carolina riu: "Isso eu realmente não consigo entender. Homens podem vir aqui em busca de diversão, e as mulheres não? Aqui temos homens e mulheres da alta sociedade, todos iguais."

A expressão de Afonso se tornou ainda mais carrancuda.

Ele a considerava...

Por um momento, Carolina ficou incrédula, seguida por uma onda de raiva e indignação.

No entanto, rapidamente, ela se acalmou.

Não esperava que, aos olhos de Afonso, ela se tornasse esse tipo de pessoa.

Mas Carolina não quis se explicar.

Pensamentos como os de Afonso não mereciam sua explicação.

Carolina não precisava de sua compreensão ou perdão.

Com um sorriso frio, ela disse: "Qual é a minha relação com o Alberto, isso lhe diz respeito? Parece que o Sr. Cardoso nunca conseguiu encontrar seu lugar, interferindo repetidamente na minha vida pessoal nos últimos tempos. Qual é o seu propósito?"

Afonso a encarou friamente.

Ele detestava essa maneira dela falar, sem nunca explicar, apenas tentando distanciar-se, dizendo que não tinha nada a ver com ele.

Porque no fundo, ela sabia que ele não podia simplesmente deixá-la ir, e essa era a maneira mais eficaz de irritá-lo completamente.