Tribunal do amor romance Capítulo 418

Elisa não se mexeu.

Anita olhou para seu aparelho e franziu a testa quando viu que alguém estava ligando e, voltando-se para Elisa, disse: “Licença, por favor. Tenho de atender a esta ligação.”

Elisa assentiu.

Ela não conseguiu ouvir a conversa.

A expressão de Anita ficou consideravelmente séria, porém, levando Elisa a arquear uma sobrancelha e se perguntar se algo havia acontecido com seu filho de novo.

Não devia haver qualquer problema com Bruno. Será que alguma coisa deu errado?

“Entendo.”

A mulher desligou logo depois.

Elisa olhou-a com curiosidade. “Seu filho...”

“Não.”

Elisa deu um suspiro aliviado, afinal não podia garantir que tinha controle total sobre Bruno.

Anita olhou-a e disse sem jeito: “Sra. Benett, eu... talvez tenha de pedir sua ajuda.”

Embora sempre tenha sido direta, não era fácil pedir ajuda a alguém.

Elisa ficou surpresa. “O que aconteceu? Desde que esteja dentro das minhas capacidades, vou ajudá-la.”

“Preciso que você dê uma olhada em um processo para mim.”

Elisa observou-a com atenção. “Que tipo de processo?”

Anita respirou devagar e disse: “Vamos jantar primeiro.”

Elisa concordou, pois sabia que Anita estava envergonhada. Como não queria arruinar seu apetite, não disse nada e se concentrou na refeição.

Assim que terminaram de comer, Anita largou os talheres, suspirou e disse baixinho: “Pode me passar seu contato no WhatsApp?”

E não iria pressionar sua convidada.

Elisa, por sua vez, também não a pressionou, e ainda se dispôs a ajudá-la. A negociação podia ser considerada benéfica para ambas as partes, por isso Anita teve uma boa impressão da moça.

Elisa ainda não havia dito quais eram seus honorários, então Anita, com uma expressão séria, pediu: “Diga quanto você cobra.”

Elisa sorriu. “Já que ganhei sua amizade, este processo será meu presente para você.”

A mulher protestou no mesmo instante: “Não, isso me deixaria em dívida com você. Gostaria de separar a vida profissional da vida pessoal, dessa forma não vai afetar nossa amizade.”

Elisa sorriu e parou de falar sobre o assunto, então olhou as horas e disse: “Está ficando tarde, e eu deveria ir para casa. Você não devia fazer o mesmo e passar tempo com seu filho?”

Anita franziu a testa e encarou-a em silêncio.

A jovem, por outro lado, sorriu e pegou uma cópia do contrato assinado. “Até a próxima.”

Depois disso, ela se levantou e saiu sem olhar para Anita.