Um Adeus Sem Perdão romance Capítulo 10

Viviane foi brevemente cegada pela luz, seu rosto ainda carregava um vislumbre de confusão, enquanto instintivamente impedia o homem de beijá-la.

“Ah? Joana, você voltou.”

“Hum! Bem, vocês poderiam se vestir primeiro.”

Joana, com um leve tremor nos lábios, prontamente virou-se de costas com tato.

Dando aos dois um momento para se arrumarem.

Ela suspirou, parecia que ela não poderia ficar na casa de Viviane por muito tempo.

Mesmo os melhores amigos tinham suas privacidades, viver juntos por longos períodos não era conveniente para nenhum dos dois.

Viviane, contudo, sorriu abertamente, sem se incomodar com o incidente recente.

Ela casualmente puxou a alça do sutiã que caía sobre seu braço, vestiu um casaco por cima e jogou a jaqueta masculina, que estava a seus pés, para o homem.

Seu rosto bonito estava marcado com um beijo de batom, e os olhos do homem ainda um pouco vermelhos. Viviane o acalmou com um tapinha no rosto: "Fica tranquilo, me espera no quarto."

O homem, obediente como um cachorrinho, pegou suas roupas cobrindo parcialmente o peito, mostrando ombros cobertos de marcas de beijos, sorriu abertamente para Joana: "Olá, mana, boa noite."

Joana, instintivamente, respondeu: “Oi, Keven.”

O homem sorriu, sem dizer mais nada, entrou no quarto.

Viviane se serviu de um copo de vinho tinto, deu um gole, o sabor doce com um toque amargo invadiu seu paladar. Ela suspirou satisfeita e então corrigiu lentamente: “Ele se chama Steven, não Keven. Keven era aquele da última vez.”

Joana: “......”

“Onde você estava até tão tarde para voltar agora?” Viviane notou um vermelhidão ao redor dos olhos de Joana, franzindo ligeiramente a testa, “Você chorou?”

Joana se serviu de um copo de água morna, distraída disse: “Hoje eu fui visitar a Profa. Quadros no hospital.”

As duas eram colegas de universidade e ambas alunas da Profa. Quadros, Viviane ainda estava no grupo de WhatsApp da universidade, e já tinha ouvido falar do assunto.

Ela lançou um olhar furtivo para Joana: “Você…”

Começou a falar, mas hesitou.

“Eu não tive coragem de entrar.”

“Tão covarde assim?” Ao perceber a expressão dela, Viviane não pôde se conter, “Você merece!”

Joana baixou os cílios, permanecendo em silêncio.

Viviane, ao ver sua teimosia, logo entendeu, as comidas da manhã, na verdade, eram para a professora.

“Você pretende continuar assim?”

Ela sempre foi corajosa e decisiva, agora parecia tão receosa que nem ousava mostrar a cara.

Joana estava lúcida o suficiente para dizer: “Cedo ou tarde, terei que me encontrar com a professora, algumas pessoas, algumas coisas, não podem ser resolvidas fugindo.”

No momento seguinte, ela ergueu os olhos: “Viviane, você me acompanha para ver a professora, tá bom?”

“O que você está planejando?”