Um Adeus Sem Perdão romance Capítulo 114

Ela olhou em volta, o quarto sem luz tinha uma quietude que parecia a morte.

Ainda bem... foi só um sonho...

No entanto, ela não conseguia controlar a respiração pesada, como se tivesse acabado de ser puxada para fora do mar, desesperada por ar fresco.

"Ding..."

A brisa noturna passava, e o sino de vento pendurado no hall de entrada fazia um som nítido. Joana olhou para fora, a calma da noite permitia ouvir claramente o som das ondas.

O sentimento de pânico trazido pelo pesadelo não a deixava, e ela não conseguia dormir de novo, então decidiu colocar um casaco e sair para andar.

Na profundeza da noite, a brisa do mar se tornava mais cortante com a baixa temperatura.

Joana puxou mais para si o xale, pisando com dificuldade na areia da praia.

Esta noite estava sem estrelas, a escuridão era iluminada apenas por poucas luzes esparsas ao longo da costa.

Lembrando-se do momento assustador do dia, Joana sentia que algo não estava certo.

Sua intuição lhe dizia que alguns detalhes foram negligenciados.

Cada evento parecia um acidente, mas o fato de todos ocorrerem ao mesmo tempo era muito intrigante.

Embora o salva-vidas defendesse veementemente que sua demora se deu por uma ida ao banheiro, essa justificativa parecia forçada e proposital.

Joana levantou os olhos e, de repente, parou.

Na praia, Felipe estava de costas para ela, falando ao celular.

"...Adv. Daniel, como devo proceder em um caso como o da minha amiga?"

"...Negociação privada? De jeito nenhum. Uma ação transnacional pode ser complicada, mas eu particularmente não temo complicações, vamos seguir o processo."

Ele entendia por que a postura do hotel era tão arrogante.

Um hotel internacional de sete estrelas, com exclusividade na melhor localização das Maldivas, até membros da realeza se hospedando lá durante as férias, realmente tinha capital para ser audacioso.

Felipe escolheu uma garrafa de cerveja gelada, enquanto Joana pegou um coco gelado, e eles se sentaram em cadeiras de praia ao lado.

Joana: "Obrigada."

Felipe girava a garrafa nas mãos, "Eu tomei uma decisão por você, sem te consultar, fico feliz que você não tenha ficado brava."

Ele já havia decidido que o departamento jurídico do Grupo entraria com uma ação internacional, e Joana, como parte interessada, tinha o direito de saber.

"Eu pareço alguém que não sabe reconhecer um favor?" Joana deu uma risada, "Além disso, o que aconteceu durante o dia certamente não foi a primeira vez."

Felipe arqueou uma sobrancelha, esperando que ela continuasse.

"A atitude deles foi muito estranha, sem sinal de choque, a primeira coisa que pensaram não foi em acalmar os hóspedes, mas em encontrar desculpas para si mesmos, e fizeram isso com muita facilidade."

Felipe ouviu atentamente até que ela terminasse, então tirou um cartão de visita: "Alguém pode entrar em contato com você, qualquer problema, pode ligar para este número."

Joana deu uma olhada no cartão, Daniel Rocha, sócio sênior do Escritório de Advocacia Estrela, advogado de ouro a serviço da família Pinto.