O local ficou em alvoroço.
"Esse garoto disse que é da família Matos? O que ele quis dizer com isso?"
"Qual o sentido, além do óbvio? Não deixou o Sr. Matos ficar noivo, ainda se declara da família Matos? Cem por cento certeza que é filho bastardo do Sílvio."
"Não acredito! O Sr. Matos nunca teve nenhum escândalo, todos no meio falam que ele é um homem exemplar, como poderia fazer uma coisa dessas?"
"Se fosse do Bianor Matos, eu até acreditaria, mas do Sílvio Matos… impossível!"
Bianor: "??" Você está falando sério?
Laura e Thiago, ainda atordoados, trocaram olhares.
"Quem trouxe esse garoto?"
"Se você está perguntando para mim, eu pergunto pra quem?"
Laura: "Ele mesmo não disse que é da família Matos? Todos os parentes dos ramos colaterais da família Matos vieram hoje, e não foi você que ficou responsável por receber cada um deles? Você não se lembra de nada?"
"Não! A única família dos ramos distantes que trouxe criança trouxe uma menina. Então… cof! Será que foi o Sílvio…"
Pronto, até o próprio pai começou a desconfiar.
"De jeito nenhum!" Laura negou de imediato. "Você não conhece seu irmão mais velho? Sabe muito bem que ele jamais faria algo desse tipo!"
"Por que não? Ele já passou dos trinta, se teve algum namoro escondido, ou uma companheira, isso é bem normal, não?"
A boca de Laura se contraiu: "É disso que estou falando?"
"…E do que mais seria então?"
"O que quero dizer é que, mesmo que ele tivesse uma companheira, ou estivesse namorando, ele jamais teria um filho fora do casamento!"
"E se foi um acidente?"
"Mesmo que tivesse acontecido um acidente, ele nunca se casaria com a Zilda sabendo que já tinha uma criança. E mesmo que se casasse, jamais permitiria que um filho fora do casamento atrapalhasse a cerimônia… Enfim, de qualquer forma, nunca aconteceria uma situação dessas."
"A não ser que—"
Laura parou de falar.
Thiago engoliu em seco: "…A não ser o quê?"
"A não ser que, nem ele mesmo saiba."
No palco, Sílvio saiu de seu estado de choque e olhou firme nos olhos do menino.
Mesmo através das lentes dos óculos, era possível sentir que o garoto o encarava sem desviar o olhar.
Sílvio sentiu uma estranheza inexplicável crescer em seu peito.
Mas não teve tempo de investigar de onde vinha aquele sentimento, pois o imprevisto já havia interrompido a cerimônia de noivado.
E isso, ele jamais permitiria!
Ele se virou para sua noiva e lançou um olhar tranquilizador à mulher.
Assim que recebeu o olhar dele, Zilda, antes assustada, milagrosamente se acalmou.
Ela sorriu para o homem e balançou levemente a cabeça, sinalizando que estava bem.
Sílvio deu um tapinha na mão dela e só então caminhou em direção ao menino em cima da moto.
O salão subitamente ficou em silêncio.
Todos observavam Sílvio, esperando para ver como ele lidaria com a situação.
Porém, Sílvio, o principal envolvido, era o mais calmo de todos.
Porque ele tinha certeza absoluta de que nunca semeou nada por fora, muito menos teria colhido algum fruto.
Ele não sabia o motivo daquele garoto ter invadido a cerimônia, nem se havia alguém por trás disso, mas de uma coisa ele estava certo—
Aquele menino definitivamente não era filho dele!
Thiago: "O que você está dizendo?"
Laura agarrou a mão dele, apertando de leve: "Parece ainda mais com o Sílvio…"
Thiago: "!"
Ele não resistiu e olhou para o segundo filho, pensando: Se for dele, tudo bem.
Bianor: "???"
Não! O que eu fiz para merecer isso?!
Por que estão olhando para mim de novo?! Por quê?!
Só porque eu sou bonito tenho que ser suspeito?!
Sílvio claramente também ficou abalado com a semelhança do garoto. "Você—"
"Parece, né?" O menino respondeu sorrindo, como se não estivesse nem um pouco surpreso com a reação.
O olhar de Sílvio escureceu, respondeu com frieza: "O mundo é grande, tem de tudo. Existem muitos parecidos por aí, nem sempre são da mesma família."
O menino franziu as sobrancelhas: "Quer dizer que você não acredita no que eu disse?"
Sílvio: "A não ser que você tenha provas irrefutáveis."
O menino soltou uma risada fria: "Claro que tenho."
Sílvio levantou uma sobrancelha.
No segundo seguinte, viu a mãozinha gordinha vasculhar o bolso e tirar algumas folhas de papel.
"Aqui, ó: exame de DNA."
Sílvio pegou os papéis e começou a folhear.
Ele nunca admitiria, mas sua mão tremeu levemente ao tocar as páginas.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Um Adeus Sem Perdão
Gente, agora tem que pagar?...
Não vão mais atualizar?...
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E as atualizações?...
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Aguardando mais atualizações!!!...
Por favor mais capítulos!🙏🙏...
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