Um Adeus Sem Perdão romance Capítulo 13

Aproximando-se, Ricardo percebeu apenas então que a mulher havia alisado os belos cachos ondulados, e a cor da preferência dele também retornara ao preto puro.

Sem maquiagem, sem calçar saltos altos.

Vestia uma camiseta branca, de uma simplicidade total.

A única coisa era que... aqueles olhos pareciam brilhar mais do que antes, não havia sinal algum da tristeza ou desânimo por ter perdido o amor.

Se isso fosse uma encenação, Ricardo tinha que admitir, ela estava desempenhando muito bem.

Tão bem que, com sucesso, o irritou.

Joana franziu a testa, ela o conhecia demais. Essa expressão era o prelúdio de sua ira.

“Hum,” foi só o que ouviu dele rir sarcasticamente, “mas, seu gosto não é lá essas coisas. Depois de tantos anos ao meu lado, deveria ter algum critério, não? Não pode ser qualquer gente, senão, onde ficaria a minha dignidade como seu ex?”

“Dignidade?” Joana sentiu um ímpeto de rir.

Mas aquele riso carregava uma tristeza velada.

Uma pena que Ricardo não percebeu.

Agora, tudo o que ocupava sua mente era a imagem de Joana sorrindo docemente para outros homens. Quanto mais pensava, mais irritado ficava.

Ele atribuiu esse sentimento ao “instinto territorial” masculino.

Joana, sendo seu território uma vez conquistado, mesmo que agora ele não a quisesse mais, não permitiria que essas pessoas inferiores marcassem o território.

“Tenho mais o que fazer, vou nessa.” Joana não quis ouvi-lo mais.

“Vai nessa? Para onde? Para o apartamento da Viviane? Só te resta esse lugar agora. Mas desta vez você mostrou coragem, levando os cheques e documentos, hein? Querendo jogar duro, é?”

Joana sentiu um aperto no coração.

Já havia acostumado com seu temperamento difícil, até mesmo diria violento, mas ouvir essas palavras ainda a feria.

Ele achava que ela estava apenas brincando?

Joana respirou fundo, tentando controlar suas emoções, então forçou um sorriso: “Primeiro, eu e o Sr. Matos somos apenas amigos, não é nada do que você está pensando.”

“E segundo, já terminamos, o que você pensa é problema seu.”

Pelo canto do olho, ele viu o táxi se afastar, e a expressão de Ricardo mudou.

Frio, ele afastou a mão de Elsa.

Elsa, confusa com sua reação, tentou se aproximar novamente, mas no segundo seguinte, foi repelida sem cerimônia, com ele indo embora sem olhar para trás.

“Não é... Ricardo! Ricardo, espere!”

A mulher mordeu o lábio, furiosa.

Ricardo entrou no carro, ligou o motor e ligou para Beatriz Vieira.

“...Irmão? Você não estava em um encontro às cegas?”

Ricardo, com os dentes cerrados: “Foi você quem contou para a Joana que eu estava no Restaurante Costa Oeste hoje?”

“Você não pode ser um pouco mais esperta, dizendo tudo para quem não devia?”

“Mãe me forçando a esses encontros e você não me ajuda a esconder, ainda passa informações para ela, fazendo com que ela propositadamente traga um homem para me provocar, você não pode ser mais inteligente? Como poderia fazer essas idiotices?”