Um Adeus Sem Perdão romance Capítulo 1437

Assim que o "sim" ecoou, a imensa casa mergulhou em silêncio.

"...Heh... hehehe... Finalmente você admitiu." Laura soltou uma risada amarga.

Thiago: "..."

Ela se virou, as costas rígidas e retas, como se pudesse quebrar a qualquer momento.

"Já que você não consegue esquecer, então... daqui pra frente, cada um segue seu caminho."

Thiago olhou para as costas dela e, após um longo momento, falou: "...Você está falando sério?"

Uma hesitação passou rapidamente nos olhos de Laura, mas logo foi substituída por firmeza e determinação: "Sim, estou falando muito sério."

Thiago permaneceu em silêncio por um bom tempo.

Quando Laura já começava a se abrandar, prestes a ceder, ele finalmente falou, com voz profunda: "Tudo bem, eu respeito sua decisão."

Assim que terminou de falar, voltou a passos largos para o quarto de hóspedes.

Laura, surpresa, se virou e encarou as costas do homem, que nem sequer olhou para trás, sem saber o que fazer.

Co-como assim?

Ela tinha provocado aquela situação esta noite para fazê-lo se sentir culpado, arrependido, e ainda lhe dar uma lição, extravasar sua raiva. Não era sua intenção realmente traçar uma linha definitiva, nem deixar as coisas chegarem a esse ponto.

Laura, na verdade, sabia muito bem: Márcia já estava morta. Por mais que uma falecida ocupasse algum espaço no coração de Thiago, jamais poderia competir de fato com ela.

Com o tempo, a antiga paixão se apagaria, a marca indelével também perderia a cor.

Laura entendia tudo isso, tinha uma visão de futuro relativamente clara, mas simplesmente não conseguia engolir o fato de ter sido abandonada publicamente.

Tantos convidados, tantos olhares atentos, e ele saiu sem olhar para trás, deixando-a humilhada. Até hoje, aquilo ainda era assunto entre conhecidos em encontros e conversas informais.

E a atitude de Thiago no velório só alimentou ainda mais o ciúmes de Laura.

Ela queria dar uma lição naquele homem.

Fazer com que ele entendesse as consequências de suas atitudes, para que sentisse receio, remorso e, no futuro, não ousasse repetir aquilo.

Mas, por mais que tivesse calculado, Laura não esperava que ele fosse levar a sério.

No início ele ficou em silêncio — o que demonstrava hesitação, sofrimento, relutância em aceitar — mas por que então...?

Laura ficou apreensiva.

Ela pensava que, após tantos anos, já o conhecia suficientemente bem, achava que ele acabaria cedendo como sempre fazia.

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