Um Adeus Sem Perdão romance Capítulo 1438

Sem salvação.

Sílvio lançou um olhar furtivo para sua filhinha, que, com o rostinho bonito fechado, quase deixava o tédio transbordar pelos olhos.

Logo em seguida, olhou abertamente e com um leve sorriso para o menino de jaqueta de couro—

Ainda bem que o filho era um doce ingênuo.

Euzébio: "?"

Por que o papai está me olhando de um jeito estranho?

...

Depois de levar os dois pequenos já prontos para descer, o café da manhã já estava servido.

Bernarda chegou um pouco depois e, ao ver os três já comendo, saudou: "Bom dia!"

"Mamãe, bom dia!"

Responderam os dois pequenos em uníssono.

Sílvio levantou os olhos, com um sorriso discreto, e sua voz grave trazia uma sensualidade sutil: "Bom dia."

Esse tipo de "sensualidade" era imediatamente percebido por Bernarda.

Ela arqueou uma sobrancelha, olhou de volta e, como esperado, encontrou os olhos negros do homem.

Só que, naquele olhar…

Parecia carregado de um certo charme irresistível.

Bernarda: "?"

Como é que nunca tinha percebido que ele era tão sedutor?

Ao lembrar da noite anterior, tudo parecia fazer sentido, hmm...

Talvez algumas pessoas simplesmente nasçam com esse dom?

"Mamãe, está muito calor?" Euzébio tomou um gole de leite. "Seu rosto está bem vermelho."

Bernarda desviou o olhar, escondendo-se atrás do gesto de servir água: "Está... está mesmo?"

"Está sim!"

O comentário foi seguido por uma risada baixa e rouca de Sílvio.

Euzébio olhou rapidamente: "Papai, por que está rindo?"

"Ah... nada não."

Só que, ultimamente, Dionísio estava trabalhando num ritmo insano!

A pressão nos projetos e a correria dos experimentos faziam todos terminarem o dia exaustos, praticamente arrastando-se para casa.

Esqueça a lua de mel, Willian só queria deitar quando chegava em casa.

Por sorte, Ursula era compreensiva, não dependia da companhia do marido para ser feliz e, vendo o estado lastimável dele, ainda praticava yoga tranquilamente ao lado.

Valéria: "Será que ninguém vai dar um jeito no Prof. Matos?"

Manuel suspirou: "A única pessoa capaz disso, no momento, não quer nem saber dele."

Willian: "Vocês ainda têm tempo pra conversar?! Acho que não estão ocupados o suficiente! A parte 3-1 agora é com vocês dois!"

Valéria & Manuel: "?"

Durante todo esse tempo, Dionísio permaneceu focado no trabalho, tão silencioso que chegava a assustar.

Já era noite quando Dionísio foi o último a sair do laboratório.

Depois de subir o último degrau e chegar à porta de casa, percebeu que a porta do apartamento em frente estava aberta. Naquele instante, sentiu uma alegria imensa invadir seu peito.

"Joana—" Ele, com as mãos trêmulas, empurrou a porta suavemente.