Um Adeus Sem Perdão romance Capítulo 1574

Quando todos já achavam que Oliver estava perdido, um pedaço de reboco da parede foi de repente arrancado.

Com o rosto coberto de poeira, Oliver saiu de lá de dentro engatinhando.

A primeira pessoa que viu foi Joana. "Ah! Su, ainda bem que segui seu conselho e não fiquei naqueles quartos do lado oeste!"

"Eu realmente quase morri de susto agora há pouco — foi um estrondo enorme, e então o teto desabou…"

Naquele momento, Oliver estava prestes a sair da sala no térreo para subir ao seu quarto no segundo andar e descansar.

Sua suíte ficava justamente no lado oeste.

Assim que chegou ao segundo andar, a advertência de Joana ecoou em sua mente. Ele, mesmo sem dar muita importância, acabou, por algum motivo inexplicável, descendo de novo para a sala.

Pensou consigo mesmo que provavelmente ainda não estava com sono e não queria dormir.

O resultado…

Assim que terminou de descer, antes mesmo de chegar a sentar no sofá, um estrondo ensurdecedor soou e o teto foi atingido e despencou.

Se tivesse demorado alguns segundos a mais, naquele momento estaria soterrado, sem respirar.

A casa não tinha mais condições de ser habitada.

O que não caiu, ficou destruído.

Oliver só pôde pegar o Xande e buscar abrigo na casa alugada pela equipe de pesquisa.

Gabriel imediatamente fez um exame simples nele.

"O cotovelo e a coxa têm alguns arranhões de diferentes gravidades, mas felizmente não houve fratura. Se tivesse, aí sim seria complicado."

Oliver sentou-se numa cadeira, aceitando a inspeção sem reclamar.

Como Gabriel falava em português, ele perguntou baixinho para Joana: "Ei, Su, o que ela está dizendo?"

Joana traduziu para ele.

Oliver ficou em silêncio por alguns segundos, depois ergueu o olhar para Gabriel. Quando todos pensaram que ele iria agradecer—

"Obrigado! Mas você pode ver se meu cavalo está machucado?"

Agradeceu, sim.

Mas também tratou Gabriel como se fosse veterinária.

Gabriel: "…"

Apesar de não saber o que dizer, por fim, sob o olhar suplicante de Oliver, ela acabou cedendo e foi examinar o cavalo.

Se era profissional ou não, ninguém sabia, mas depois que ela terminou, Oliver realmente ficou aliviado.

…

À noite.

Oliver se acomodou, e o cavalo foi amarrado no depósito atrás da cozinha.

Willian, entediado, não se sabe de onde tirou uma caixa de xadrez e começou a armar o jogo.

Todos quiseram jogar; uma partida após a outra, e quem não estava jogando, ficava ao redor assistindo.

De repente, o ambiente ficou muito mais animado.

Até o barulho do vento e da chuva lá fora pareceu diminuir.

Oliver se aproximou para acompanhar a agitação, mas, depois de alguns minutos, saiu discretamente.

Joana: "Por que esse suspiro?"

Oliver: "Eu não entendo… Su, você sabe jogar xadrez?"

Oliver: "Obrigado! Eu gostei muito."

Naquela noite, Oliver dormiu na casa principal junto com todos. No silêncio absoluto, demorou a pegar no sono, virou-se na cama e ficou olhando a chuva cair forte pela janela.

Lembrou-se de que, pouco tempo antes, evitava Joana a todo custo, com medo de que ela fizesse algum pedido absurdo.

Naquela época, Oliver nunca imaginaria que, em poucas horas, seria ele quem dependeria da Joana.

Suspirou.

Sentiu-se culpado e arrependido…

Ninguém percebeu quando todos adormeceram; as respirações misturadas a leves roncos preencheram a noite tranquila e serena.

Na manhã seguinte, a chuva finalmente parou.

Mas o vento ainda soprava forte.

Depois do desabamento da casa próxima ao mar, sem ninguém cuidando, pedaços de reboco e entulho foram espalhados para todo lado pelo vento.

O gramado que Oliver cuidara com tanto carinho ficou irreconhecível.

Pela enésima vez, Oliver suspirou: "Ai, perdi a casa de casamento que meu avô me deixou… Não só desapontei meu avô, como também minha futura esposa…"

Gabriel não aguentou e riu com o jeito sério dele: "O importante é estar vivo. Se a casa caiu, é só construir outra, qual o problema?"

É só construir outra…

Ao ouvir essas palavras, o olhar de Joana se iluminou.

Oliver: "É mesmo! É só reconstruir! Mas, para reconstruir, preciso de material, preciso de dinheiro…"

Deixou pra lá e voltou a suspirar.