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Um Adeus Sem Perdão romance Capítulo 1575

Após o furacão, tudo o que se via era um verdadeiro cenário de destruição.

Os ilhéus, que haviam se abrigado em suas casas apertadas, começaram a sair, um após o outro.

Cada um se ocupava em arrumar o que era possível, limpar o que restava, encarando tudo à sua frente com uma calma de quem já estava acostumado.

O arquipélago Max enfrentava furacões quase todos os anos, e muitas vezes mais de uma vez por ano.

Até mesmo a equipe de pesquisa já estava experiente; quem dirá os moradores nativos da ilha?

Mas, se tivesse que apontar o mais prejudicado... esse seria Oliver.

Das três pequenas casas que possuía, a mais nova e melhor havia desabado; a que ele morava estava parcialmente destruída. Restava apenas a mais antiga, já alugada para a equipe de pesquisa.

Se não fosse por Joana ter lhe acolhido, ele teria ficado totalmente sem teto.

"Então..." Oliver se aproximou, hesitante. "Será que posso continuar morando aqui por mais um tempo? Pode ficar tranquila, não vou ficar de graça! Posso te dar um desconto no aluguel, que tal?"

Joana ponderou e perguntou: "De quanto?"

Até entre irmãos é preciso acertar as contas, quanto mais com Oliver, que era só um conhecido.

"Dez... dez por cento de desconto?"

Joana permaneceu em silêncio.

"Então... quinze por cento?"

Joana passou a mão no queixo, fingindo refletir.

Oliver, já quase desistindo, disse: "Trinta por cento! Não posso menos que isso! Se baixar mais, não tenho como reconstruir minha casa!"

"Fechado!"

Oliver acrescentou: "Mas olha, tem que garantir minha comida e bebida, hein."

"É só seguir com a equipe, todo mundo vai comer junto o que estiver pronto."

"Feito!"

Ele não fazia ideia do que era "comer junto o que estiver pronto", mas, pelo que havia experimentado no dia anterior, a comida do País A era realmente deliciosa!

Saiu no lucro.

Com tudo acertado, Joana imediatamente pediu para Willian redigir um novo contrato de aluguel, e ambos assinaram na hora.

Oliver, confuso, perguntou: "Precisa mesmo de tanta pressa?"

Willian sorriu largo, quase rasgando o canto da boca: "Você não entende, aqui no País A temos um ditado: quanto mais tempo demora, mais chance de dar errado."

Uma oportunidade dessas tinha que ser fechada logo, vai que o gringo mudava de ideia e desistia?

Assinar e deixar tudo registrado era sempre a melhor garantia!

Naquela noite, Oliver perdeu feio de novo.

Depois, não quis mais jogar com Willian e chamou Joana.

Dessa vez, ele achou que não perderia tão rápido.

Mas o resultado...

Foi ainda pior.

Em menos de vinte minutos, já tinha perdido tudo.

Oliver olhou para seu tabuleiro vazio e, ao comparar com o de Joana, cheio até de peões, sentiu-se arrasado.

Willian: "Hahahahaha..."

Joana levou a mão à testa, querendo dizer que aquele já era o resultado dela pegando leve ao máximo.

Oliver respirou fundo algumas vezes, ajeitou o ânimo, e logo voltou a sorrir.

Pegou o celular e começou a tirar várias fotos do tabuleiro.

Joana e Willian já estavam acostumados com esse hábito dele de registrar tudo no final das partidas.

Mesmo sem entender muito bem o motivo...

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