Um Adeus Sem Perdão romance Capítulo 1651

Jogar fora é um desperdício, então...

Por que não ceder dessa vez e mimá-lo um pouco?

Joana achou que essa frase deveria ser ouvida por Sílvio; provavelmente, ele ficaria tão feliz que até sairia pulando dali mesmo.

"Ei, não fique só me perguntando, e você com o Dionísio, como está?"

Joana respondeu com sinceridade: "Voltamos a ficar juntos."

Bernarda exclamou: "Eu sabia! Era óbvio que você veio preparada... Ouvi do Prof. Willian que ele começou a se preparar há muito tempo, trabalhando horas extras sem parar só para agilizar as coisas do laboratório e de casa, assim poderia vir te procurar logo."

A faca parou um instante na mão de Joana, como se ela não esperasse por essa informação.

"... Os projetos dos próximos três anos já estão todos organizados por ele, até o planejamento de carreira de cada um está claro. Isso significa o quê?"

Joana: "... O quê?"

"Que ele já veio pronto para uma batalha de longa duração."

...

Quando a comida foi servida, Joana e Dionísio já tinham comido antes, então mal tocaram nos pratos.

Estavam ali basicamente só para fazer companhia aos convidados.

Por outro lado, Sílvio e Bernarda pegaram os talheres e começaram a comer sem dizer uma palavra, como se estivessem há dias sem comer.

Dizer que estavam "devorando" seria exagero, mas chamar de "apreciar com entusiasmo" talvez fosse formal demais.

De todo modo—

Bernarda disse: "Está uma delícia! Quero mais! Pode servir de novo!"

Sílvio não foi tão direto; olhou ao redor antes de perguntar: "Tem mais arroz? Eu queria repetir."

Quando os dois finalmente largaram os talheres, todos os pratos já estavam vazios, até o caldo de feijão tinha sido tomado até a última gota.

Sílvio comentou: "Estou no Brasil há uns quatro, cinco dias, é a primeira vez que como até ficar satisfeito."

No final, ele até ficou um pouco envergonhado.

Bernarda, por outro lado, não demonstrou constrangimento algum, porque—

Ela era muito próxima de Joana!

Já tinha pedido favores uma ou duas vezes, depois três ou quatro, então agora não tinha mais receio de pedir outras vezes.

— Essa foi a primeira coisa que Bernarda percebeu.

"...Mana? Você voltou?!"

Suzana não esperava abrir os olhos e ver logo Bernarda, que tinha estado fora por vários dias!

Bernarda sorriu e assentiu: "Sim, voltei. E a sua voz..."

"Já consigo falar frases completas." Suzana se sentou. "Ainda está um pouco rouca, mas o médico disse que recuperação é um processo, não posso ter pressa, tem que ser aos poucos."

"Ótimo."

"Mana, você resolveu tudo?"

"Sim, já terminei. Então—" Bernarda olhou nos olhos da irmã e disse, pausadamente, "Daqui a três dias, vou te levar de volta para casa."

Não era um pedido, nem uma sugestão, mas uma decisão e um aviso unilateral.

Bernarda estava cumprindo não só sua própria promessa, mas também o compromisso que tinha feito a Suzana—

Irmã, espere por mim, eu com certeza virei te buscar e te levarei embora!