Um Adeus Sem Perdão romance Capítulo 1654

Durante todo esse processo de conflito e hesitação, Suzana manteve um sorriso no rosto enquanto olhava para ele.

Oliver, de repente, não ousou encarar seus olhos.

Se não fosse pela própria covardia, Suzana não teria passado por tantas dificuldades; ela teria encontrado a irmã, por quem sentia tanta saudade, muito antes, e teria levado uma vida feliz e tranquila.

Portanto, tudo era culpa dele!

Essa consciência tornou ainda mais difícil para o homem abrir a boca.

Se ao menos...

Mas essa era a escolha de Suzana.

O que ele podia fazer, ao que tudo indicava, era apenas... apoiá-la.

"Então... vou aceitar, obrigado por me perdoar, eu..."

Sem perceber, os olhos de Oliver já estavam cheios de lágrimas.

Ele as conteve, sugando o ar pelo nariz, para que não caíssem.

"Desejo a você boa sorte, muita felicidade e alegria no futuro!"

O sorriso de Suzana permaneceu sereno, o olhar tranquilo: "Obrigada."

Oliver: "Posso te dar um abraço?"

"Claro."

Ele se aproximou, estendeu os braços com solenidade e, então... abraçou-a levemente.

Logo em seguida, soltou-a e se afastou.

"Então... eu, eu vou sair, descanse bem."

"Tá bom."

Oliver segurou o broche entre os dedos, virou-se e saiu correndo.

Nos dois dias seguintes, ele não apareceu mais.

Segundo Willian, em uma madrugada, ele voltou sorrateiramente do quartinho ao lado do de Suzana para aquela casinha velha, ainda caindo aos pedaços, que não havia sido reformada.

Suzana, por sua vez, continuou como sempre, sem demonstrar nenhuma diferença.

Passava a maior parte do tempo ao lado de Bernarda, como se quisesse compensar com intensidade todos os anos que estiveram separadas.

Como Bernarda dizia—

Minha Suzana está parecendo uma menina! Adora fazer manha, adora ficar grudada.

Mas é justamente assim que eu gosto da Suzana.

Bernarda, afinal, também queria recuperar o tempo perdido.

As duas irmãs não se desgrudavam, e Sílvio, o "namorado", acabou virando praticamente um invisível.

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