Um Adeus Sem Perdão romance Capítulo 18

Joana sentiu o nariz arder e, sem conseguir se segurar mais, atirou-se nos braços dela: "Professora..."

As mãos secas e suaves de Márcia acariciaram suas costas, e o coração dela também se amaciou um pouco.

"Pronto, pronto... Já está tão grande e ainda chora, vai acabar virando motivo de risada."

Dionísio observava tudo em silêncio ao lado. Quando as duas se abraçaram e fizeram as pazes, ele discretamente deixou a sala e foi para a varanda, dando espaço para elas conversarem.

Depois de tantos anos, Márcia não pôde deixar de perguntar sobre a vida atual de Joana, mas evitou completamente tocar no assunto amoroso.

Ela ter admitido "eu estava errada" já era prova suficiente de que a escolha que fez no passado, ou melhor, a pessoa com quem se envolveu, não era confiável.

Sendo assim, por que ela deveria remexer nas feridas da jovem?

Joana: "...Eu aluguei um apartamento perto da universidade, já comecei a revisar o material para tentar entrar no seu mestrado no final do ano..."

Os olhos de Márcia brilharam, uma imensa alegria quase a inundando: "Sério? É verdade mesmo?"

Ela até confirmou duas vezes.

"Sim." Joana assentiu, sem coragem de encarar a professora.

O caminho que ela havia rejeitado antes, agora queria retomar do início...

"Ótimo! Ótimo! Já era hora! Não me faça de boba, você prometeu que tentaria entrar no meu mestrado! Finalmente o lugar que reservei não foi em vão..."

Joana ficou um pouco surpresa.

Embora suspeitasse que a Profa. Quadros pudesse ter guardado uma vaga especialmente para ela, ter a confirmação a deixou meio incrédula.

‘Joana, o que você tem de especial...’

"Professora, ainda não é certo que passarei, sua..." Esperança não deve ser tão alta.

Márcia: "Se você quiser, é impossível não conseguir! Eu conheço bem a sua capacidade. A menos que, você faça de propósito, só para me provocar, Velha Senhora!"

"Imagina..." Joana disse entre risos e lágrimas.

"Já está ficando tarde, você e Dionísio... Ei? Dionísio, onde ele está?"

"Professora." Dionísio entrou da varanda.

Bem!

"Não deve ser difícil."

Joana deu espaço para ele.

Embora os movimentos de Dionísio lavando as verduras não fossem os mais habilidosos, ele não fazia de qualquer jeito, limpando a terra das folhas cuidadosamente.

Joana perguntou casualmente: "Tem algo que não come?"

"Não."

"E quanto ao sabor?"

"Qualquer um serve."

"…Você é bem fácil de agradar." Ela murmurou baixinho.

Ao contrário de Ricardo, que era exigente e tinha muitos pedidos específicos.