Um Adeus Sem Perdão romance Capítulo 473

Ela se jogou no sofá, abrindo os braços e inclinando a cabeça para trás, soltando um suspiro confortável.

"Que maravilha, está parecendo com um lar de novo."

"Como não seria?" Fernando, ao ouvir, soltou uma risada, "Três horas de faxina, de cima a baixo, três horas inteiras com sua mãe supervisionando pessoalmente, sem deixar nenhum cantinho de fora."

Falando em Tânia...

"Ei? Cadê a mamãe?" Joana olhou de um lado para o outro.

Fernando: "Ela estava aqui assistindo TV agora mesmo, como assim desapareceu de repente?"

Nesse momento, Tânia apareceu correndo do escritório, segurando seu celular.

As bochechas dela estavam coradas de excitação, e seus olhos brilhavam, faiscando—

"Explodiu!"

Fernando: "Ah?"

Joana: "...O que explodiu?"

Pai e filha estavam confusos.

Tânia respirou fundo, tentando controlar sua emoção: "Livro! Meu novo livro!"

Álvaro foi rápido.

Desde o último encontro deles na Capital, ele começou a organizar a publicação do livro a todo vapor.

Primeiro veio a publicidade inicial: a grande dama do suspense, Tânia, está de volta com uma obra-prima, após doze anos, sucedendo a «Arma Assassina» e «Escola da Aldeia Deserta» com mais uma história arrepiante.

A campanha tinha muito apelo, mas... a resposta não foi boa.

Por um lado, Tânia já estava fora do mundo do suspense por muitos anos. Apesar da aura ainda presente, era um brilho do passado. Com a mudança geracional, a maioria dos leitores não estava muito interessada.

Por outro lado, agora a tendência era a "idolização dos autores", onde os escritores também começaram a se promover como ídolos ou estrelas, fazendo marketing pessoal.

Essa estratégia ajudava a acumular leitores que, por sua vez, promoviam o livro online, compravam cópias físicas, e com um pouco de marketing coordenado, a popularidade surgiria naturalmente.

Tânia estava fora das redes sociais há muitos anos, sem uma conta pública. Como ela conseguiria "fãs" para fazer todo esse movimento por ela?

Suas obras, alguém leria?

Se um autor escrevia algo que ninguém lia, ele ainda poderia ser chamado de "autor"?

Tânia caiu em um ciclo vicioso de auto-dúvida.

Fernando via tudo isso e estava preocupado.

Mas em relação à escrita, ele era um leigo e não podia ajudar, apenas se sentia ansioso.

Até que...

Álvaro ligou.

"Profa. Tânia, você sabe quantas cópias o «Conversa de Sete Dias» está vendendo por dia agora?!"

O coração de Tânia tremia, seria que as vendas caíram para números de um dígito?

"Desculpe, Prof. Álvaro, pensei que talvez..."