Um Adeus Sem Perdão romance Capítulo 540

Os olhos de Dionísio Matos brilharam com um lampejo escuro.

Felipe Pinto: "Ouvi dizer que o Prof. Matos está bastante ocupado, passando a maior parte do tempo no laboratório. Hoje, porém, voltou bem cedo."

"Ouviu dizer?" Dionísio pronunciou calmamente, "Ouviu de quem?"

Ele teve aula hoje, precisamente aquela que substitui um professor da Escola de Ciências da Vida, mas só viu Betânia Azevedo e Kléber Blanco em sala.

Ao perguntar, soube que Joana Neto havia pedido licença ao tutor.

O laboratório realmente demandava muito, normalmente ele saía da aula, almoçava rapidamente no refeitório e ia direto para lá, raramente voltava para casa neste horário.

Mas hoje foi uma exceção...

Felipe sorriu de canto: "Claro que foi a Joana quem me disse."

Ele, com uma expressão inabalável: "E a Joana te disse que é proibido estacionar na boca da rua?"

"Não vou estacionar, já estou de saída." Ele disse, sorrindo levemente, e acelerou o carro.

Depois de dirigir por um trecho, Felipe subitamente parou.

Espera...

Dionísio a chamou de "Joana"?

...

Observando o carro se afastar, Dionísio desviou o olhar e subiu as escadas.

Com as bochechas tensionadas e um olhar frio.

Ao chegar ao sétimo andar, ele não foi direto para casa, mas parou na porta ao lado e bateu.

"Joana, está aí?"

Depois de alguns segundos, "... Estou, professor."

A porta se abriu por dentro.

Dionísio a examinou de cima a baixo, "Está bem?"

"... Ah?" Joana parecia confusa.

"Não te vi na aula hoje, o tutor disse que você tinha pedido licença."

"Sim. Fui resolver umas coisas."

"Tem a ver com a exigência de regularização do laboratório?"

"Sim." Joana assentiu levemente.

"Conseguiu resolver?"

Joana sorriu: "Só falta o último passo."

"Precisa de ajuda?"

"Não é necessário."

Felipe estava certo sobre uma coisa; a não ser que Ricardo Vieira mesmo quisesse, ninguém poderia forçá-lo a assinar.

O olhar de Dionísio brilhou sutilmente: "Encontrei o Felipe na entrada agora há pouco."

Céu azul, nuvens brancas, brisa fresca.

Um campo de golfe verdejante a perder de vista—

Ricardo olhou para o horizonte com uma expressão séria, em seguida, pegou o taco e, com um movimento, criou um vento cortante.

Pow!

A bola voou, descrevendo uma bela parábola.

Elpídio passou o taco ao caddie e aplaudiu: "Bela jogada!"

Ricardo caminhou até a área de descanso, indiferente aos elogios.

Elpídio observou-o com um brilho no olhar: "Parece que o Sr. Vieira não está de bom humor?"

Ricardo pegou uma garrafa de água mineral oferecida pelo caddie, bebeu um gole e permaneceu calado.

"Por causa dos negócios?"

Sem resposta de Ricardo.

Elpídio compreendeu: "Então é por causa de mulher."

Ele levantou as sobrancelhas: "E então, Sr. Elpídio, tem algum conselho?"

"As mulheres, para nós, podem ser tanto um adorno que embeleza a vida quanto uma bengala em que se apoiar, diferentes mulheres têm diferentes propósitos. Desde que a gente saiba distinguir e não confunda as coisas, a vida pode ser bastante agradável."

"Oh? Parece que o Sr. Elpídio tem bastante experiência no assunto?"