Um Adeus Sem Perdão romance Capítulo 541

“Haha... Não diria que são insights, mas sim algumas experiências.”

“Gostaria de ouvir mais detalhes.”

Elpídio sentou-se na cadeira ao seu lado, começando devagar: “Enquanto a esposa estiver tudo bem, as outras podem manter por aí. É preciso ter uma mulher em casa para tomar conta dos afazeres do dia a dia, cuidar dos pais e dos mais velhos, educar e criar os filhos; quando for necessário socializar, você leva as mais jovens para fora, que podem tanto beber quanto fazer companhia, e depois com um pouco de dinheiro você se livra delas, o custo-benefício é incrível.”

Ricardo Vieira: “E sua esposa, não se importa?”

Elpídio: “Ela teria o que reclamar? Morando na Primeira Filial, carregando bolsas de marca, usando cosméticos de alta gama, podendo comprar o que quiser sem se preocupar, e ainda por cima sem precisar trabalhar, o que mais ela poderia querer?”

Ricardo: “E se um dia ela pedir o divórcio…”

“Impossível. Uma vez que a mulher é mantida assim, ela perde a capacidade de sobreviver sozinha. Suas asas atrofiam, como ela pensaria em voar?” Ele disse com desprezo.

“E se as asas não atrofiarem, e ela realmente voar para longe?”

Elpídio ficou atônito.

Isso…

Ele nunca havia considerado a possibilidade de sua esposa deixá-lo.

Ricardo se levantou, deu-lhe um tapinha no ombro: “Elpídio, às vezes é melhor não falar com tanta certeza, porque…”

Elpídio: “?”

“A pancada é mais dolorosa quando você se contradiz.”

Dito isso, subiu em seu carrinho de golfe: “Divirta-se, eu vou indo.”

“Ei?”

...

Deixando o campo de golfe, Ricardo pretendia dirigir de volta para a mansão, mas, por algum motivo, acabou na entrada da Universidade B.

Desta vez, ele não parou na entrada.

Em vez disso, estacionou do outro lado da rua, abaixou o vidro do carro e acendeu um cigarro para si mesmo.

Através da fumaça que subia, olhou para a entrada da universidade, que permanecia a mesma de seis anos atrás, sem nenhuma mudança.

Foi aqui que ele encontrou Joana Neto pela primeira vez.

Com apenas um olhar, seu coração disparou de forma incontrolável.

Também foi aqui que ele se declarou para ela.

Lúcia, que hoje havia demorado um pouco mais do que o habitual e não conseguiu sair antes do senhor chegar: “!”

“…Senhor, precisa de algo?”

Ricardo: “Empresta-me seu celular um instante.”

Lúcia, cuidadosamente, tirou o celular da bolsa e o entregou, falando com preocupação: “...Senhor, não se irrite, é melhor conversar, o estresse faz mal à saúde.”

Principalmente porque o celular dela poderia acabar danificado.

Não se sabia se Ricardo realmente ouviu, mas pegou o celular e ligou direto para Joana.

“...Alô.”

“Desculpe, fui um pouco ríspido ao meio-dia. Já que o terreno é seu, é seu, eu não sou tão sem classe a ponto de querer algo de volta depois de ter dado.”

Joana franziu a testa, sem entender sua intenção.

Ricardo: “Posso assinar os papéis, vamos conversar melhor amanhã.”

“...Tudo bem.”

“Estou usando o celular da Lúcia para ligar, não é muito conveniente, então, se for possível, poderia me tirar da lista negra?”