Um Adeus Sem Perdão romance Capítulo 728

Joana ironicamente curvou os lábios.

Dionísio prendeu a respiração, sem saber por quê, aquele sorriso no canto de sua boca o fez sentir uma inquietação súbita.

Como se... tivesse perdido algo muito importante.

Quando os dois deixaram a fábrica, já era final de tarde.

O porteiro havia mudado, o senhor simpático e humorado já tinha ido embora, substituído por um jovem rapaz.

Talvez por ser mais introvertido, o rapaz silenciosamente pegou as chaves, as guardou e depois abriu o portão para eles.

A noite estava prestes a cair, o céu à distância se fundia em uma massa escura, e os galhos nus ao longo do caminho acrescentavam uma sensação de desolação ao crepúsculo.

Joana e Dionísio caminhavam lado a lado, um silêncio confortável entre eles.

Dionísio mexeu nos lábios, mas não sabia como começar a falar, percebendo as flutuações no humor da Joana, mas sem saber a razão.

Assim, optou por manter um silêncio cuidadoso.

De repente, Joana, sorrindo, levantou a cabeça: "Obrigada pelo presente de aniversário que o senhor preparou com tanto cuidado, professor. Foi muito significativo, adorei. Permita-me retribuir, que tal jantarmos juntos? O que o senhor gostaria de comer?"

Dionísio a viu passar de pensativa a radiante em um piscar de olhos, reorganizando suas emoções em breve.

Ele ficou aturdido por um momento.

Até Joana falar novamente —

"Já decidiu?"

Dionísio: "Que tal comida baiana? Consegue comer apimentado?"

"Claro!"

Saindo do restaurante de comida baiana, Joana expirou, levantando a mão para ajustar o cachecol ao redor do pescoço.

Ao ver isso, Dionísio tirou seu próprio cachecol, preparando-se para colocá-lo sobre os ombros dela como um xale.

Joana, no entanto, deu um passo para trás, sorrindo para ele: "Não precisa, professor, não estou com frio."

Dionísio olhou para ela, confuso, mas antes que pudesse entender, Joana já estava caminhando à frente.

A noite estava completamente escura, e o vento frio fazia a luz dos postes parecer envolta em uma névoa suave.

Os dois caminharam ao longo da margem do Rio Tietê, seguindo em frente.

"Joana!"

Dionísio de repente a chamou, parando-a.

"Hm?" Joana se virou, "O que foi, professor?"

"Você me perguntou por que eu te dei o colar, e eu gostaria de responder novamente, posso?"

Joana sentiu seu coração acelerar, "Você..."

"Porque era o seu aniversário, e eu queria te dar algo verdadeiramente especial. Embora os diamantes sejam lindos, podem ser comprados com dinheiro e não são dignos de você."

"Você merece o melhor presente do mundo, algo único, porque você é única, a melhor que existe."

"Professor..." Joana olhou para ele, seu rosto mostrando uma mistura de perplexidade e surpresa.

Dionísio: "Há coisas que quero dizer, mas tenho medo, contudo, neste momento, sinto uma necessidade urgente de te contar, quer ouvir?"

Joana encontrou os olhos profundos do homem, seu coração batendo descontroladamente.

Após um momento, ela sorriu para ele: "Claro, fale, estou ouvindo."