Um Adeus Sem Perdão romance Capítulo 729

"Joana, desde a primeira vez que nos encontramos na cafeteria, eu…"

"Ei? Prof. Matos, Joana, o que vocês estão fazendo aqui embaixo e não sobem?" A vizinha que morava no andar de baixo, carregando várias sacolas, entrou no prédio e os cumprimentou com um sorriso.

"Neste frio terrível, quase morri de frio... Se não fosse pela oportunidade de economizar, eu nunca teria saído de casa tão tarde!"

Os supermercados locais costumavam fazer promoções após as 21h.

Xenia sabia como aproveitar as oportunidades, frequentemente saindo à noite para fazer compras.

Claramente, não era o momento para continuar a conversa.

Dionísio engoliu as palavras que já estavam em sua boca.

"Vamos, vamos subir juntos." A senhora convidou calorosamente.

Joana avançou, tomando a iniciativa de pegar as sacolas de compras dela: "Deixe-me ajudá-la..."

No entanto, no segundo seguinte, Dionísio tomou as sacolas de suas mãos, liderando o caminho: "Deixe comigo."

Xenia não pôde deixar de rir: "Dionísio é realmente atencioso! Usando o termo que vocês jovens gostam, o que é mesmo... Ah, cavalheiro! Isso, cavalheiro! Você concorda, não é, Joana?"

Joana acenou com a cabeça: "Sim."

"Pelo que se vê, um rapaz tão bom assim já deveria ter uma namorada, mas ele simplesmente não se dedica, passando os dias focado em pesquisas e estudos acadêmicos, como se quisesse ganhar o Nobel! Sim, é importante um homem se dedicar à carreira, mas por que não encontrar um tempo para o amor? Seria bom ter ambos, não acha?"

"Joana, você nem imagina, eu e o Prof. Lobo, que mora no terceiro andar, já tentamos apresentar namoradas para ele. Ele sempre concorda verbalmente, mas quando é hora de marcar o encontro, ele inventa mil desculpas, fica dias fora de casa, pensando que a gente não percebe que ele está evitando, sabe?"

"Você é tão sensata e adorável, seus amigos devem ser excepcionais também, certo? Aproveite a oportunidade para apresentar alguém a ele, certamente encontrará a pessoa adequada!"

Joana sorriu, falando para a figura rígida à sua frente: "Claro, estarei de olho pelo professor."

"É assim que deve ser, vizinhos devem ajudar uns aos outros..."

Finalmente chegando ao sexto andar, Dionísio colocou as coisas no chão, se despediu rapidamente da senhora e puxou Joana para correr escada acima.

Xenia, ao tirar as chaves, parou por um momento, piscando. Eles... estavam de mãos dadas agora há pouco?

Chegando ao sétimo andar, Dionísio soltou a mão dela, com um nó na garganta: "Não escute as bobagens da Xenia, eu... eu nunca fui..."

"Hm? Foi aonde?" Joana piscou.

Dionísio apertou os dentes.