Um Adeus Sem Perdão romance Capítulo 813

Ele baixou a cabeça para olhar o celular dela, soltando um leve suspiro com um toque de resignação: "Cancela o pedido, vou te levar para casa."

Te levar para casa...

Um frêmito passou pelo coração de Joana, e um sorriso involuntário tingiu seus olhos: "Tudo bem."

...

O aquecedor do carro estava ligado, e o frio foi rapidamente expulso.

Dionísio virou a cabeça para olhar os dedos dela, vermelhos de frio, sem precisar perguntar—

"Brincou na neve?"

Joana: "..."

Sherlock Holmes, é você?

Vendo que ela não respondia, Dionísio não insistiu, apenas disse: "Tem chá de gengibre com açúcar mascavo e jujuba na garrafa térmica, e copos descartáveis no compartimento, tome um pouco para se aquecer."

A garrafa térmica estava na porta-copos ao lado do freio de mão, e assim que Joana abriu a tampa, o vapor se espalhou, trazendo o doce aroma do açúcar mascavo.

Havia também algumas bagas de goji flutuando por cima, mas após um momento, era possível detectar, além do doce aroma, o picante do gengibre.

Joana sabia fazer chá de gengibre e também sopa de gengibre, e não era a primeira vez que preparava para Ricardo Vieira, mas ela mesma tinha uma certa aversão ao sabor do gengibre.

"...Não é muito prático no carro, tenho medo de derramar, vou esperar um pouco para beber."

Enquanto falava, ela discretamente fechou a tampa.

Dionísio riu, "Coloquei açúcar mascavo, não está ruim."

"Não é isso, eu só quero esperar um pouco mais para beber! Sim, esperar um pouco mais!"

"Se você não enfatizasse tanto a última parte, eu até acreditaria."

Joana: "..."

"Por que está agindo como uma criança?"

"Claro que não."

Dionísio sorriu, seus olhos cheios de ternura: "Não gosta de gengibre, né?"

"É."

"Menos gengibre, mais açúcar, não é picante."

Joana olhou para ele com desconfiança: "Sério?"

"Experimente."

"Ok." Ao ouvi-lo dizer isso, Joana realmente pegou um copo descartável e se serviu com um pouco.

Dionísio a observou, cuidadosa para não se servir demais, um sorriso brotando em seus lábios.

Joana deu um pequeno gole, era doce, mas ainda não conseguia esconder completamente o sabor picante: "..."

Caiu na armadilha.

Apesar de tudo, ela acabou bebendo tudo o que tinha servido.

É óbvio que não.

...

No dia seguinte, a neve realmente aumentou.

Quando Joana desceu, não resistiu e encontrou um espaço limpo...

Começou a fazer bolas de neve.

Ela desceu sem ferramentas, justamente para não se deixar levar pela brincadeira, mas...

Ah.

Se soubesse que não resistiria à tentação, teria trazido consigo, agora subir para pegar seria um incômodo.

Felizmente, não são necessárias ferramentas para fazer bolas de neve, as mãos são suficientes.

Quando a bola de neve atingiu o tamanho de uma bola de basquete, ela se partiu ao meio desajeitadamente.

Joana não desistiu e tentou mais uma vez.

Dessa vez, nem chegou ao tamanho de uma bola de basquete antes de desmoronar.

"Ah... eu não acredito..."

Ela murmurou baixinho.

Foi então que uma risada baixa veio de trás dela...