Um Adeus Sem Perdão romance Capítulo 814

Joana olhou para trás.

Não soube dizer quando Dionísio chegou, nem quanto tempo estava ali observando, mas nesse momento, ele tinha um sorriso nos olhos e nas sobrancelhas.

Passando o olhar pela pilha de neve aos seus pés, que agora estava reduzida a pedaços, o sorriso em seus olhos pareceu se intensificar.

"Brincando com neve novamente?"

Joana: "Sim."

"Fazendo uma bola de neve?"

"...Não deu certo."

"Deixe-me ensinar você." Dionísio disse, enquanto arregaçava as mangas.

Os olhos de Joana brilharam: "Você sabe como fazer?!"

"Sabendo o princípio físico por trás disso, não é difícil."

"Tem um princípio físico envolvido?" Joana perguntou, curiosa. "Qual é?"

Ela nunca havia se debruçado sobre isso.

Dionísio pegou um punhado de neve e o apertou firmemente, formando uma pequena bola.

"Primeiro, você precisa começar com um pedaço pequeno como este. No início, é necessário usar uma força externa para empurrá-lo. À medida que a bola de neve cresce, a pressão faz com que a temperatura de fusão da neve no chão e na própria bola diminua, causando um leve derretimento e a formação de água líquida, que fica aderida na superfície de contato entre a bola de neve e o chão."

"Quando essa superfície deixa de tocar o chão à medida que a bola rola, a água líquida aderida, agora sem estar sob tanta pressão, tem seu ponto de fusão elevado e se solidifica novamente, aderindo à bola de neve..."

"Após várias repetições deste ciclo, o volume da bola de neve aumenta, e a superfície de contato com o chão repete esse processo inúmeras vezes, fazendo com que a bola de neve naturalmente cresça cada vez mais."

Joana: "?"

Dionísio: "Que tipo de olhar é esse?"

"Professor, acho que só falar não vai adiantar." Ela falou seriamente.

"E então?"

Joana: "Faça uma e me mostre, aí eu vou acreditar que você realmente sabe como fazer."

Dionísio, com total confiança: "Sem problema, você vai ver..."

Cinco minutos depois—

Joana lutava para manter o riso, mas...

Conter o riso é realmente difícil!

Mesmo já tendo passado andando, ele não resistiu e voltou, parando ao lado dele.

Willian estava totalmente concentrado em seu experimento e se assustou ao perceber de repente alguém ao seu lado.

"Meu Deus—Você apareceu do nada aqui, quer me matar do coração?"

"Cof!" Dionísio deu uma tossida estratégica.

"Algum problema?" Willian tirou os óculos de proteção e pausou o experimento.

Dionísio: "Você sabe fazer uma bola de neve?"

Willian: "Hã?"

Era alguma nova questão de física?

Equações esféricas? Aplicações físicas de esferas?...

Em dois segundos, milhares de pensamentos cruzaram a mente de Willian. Se Newton soubesse, ficaria assustado.

Dionísio perguntou de novo, dessa vez com um gesto: "...Você sabe rolar?"

Só então Willian finalmente entendeu que o "rolar uma bola de neve" era literalmente isso.