Um Casamento de Contrato, Quatro Maridos Diferentes! romance Capítulo 35

"Senhora Carneiro, o que significa isso? Está me pedindo para vender minha filha?" - A voz de Fernando Lira carregava uma ira contida.

"Presidente Lira, você deve estar ciente das peculiaridades do nosso jovem mestre. Estamos apenas tomando precauções." - A voz do assistente Hector era clara. Ontem, Daniela Lira não o conheceu, mas, por sua voz, ele parecia ter menos de trinta anos.

"Ontem, nossa senhora conheceu a senhorita Lira e achou que ela seria adequada para se juntar à família Carneiro."

O assistente Hector enfatizou a expressão "entrar para a família Carneiro" - com um peso significativo, o subtexto estava claro.

"Pode ir embora, eu prefiro perder a empresa a assinar isso." - Fernando Lira elevou a voz para expulsar o visitante.

"Presidente Lira, não aja impulsivamente. A Senhora Carneiro é uma mulher ocupada. O mundo está cheio de potenciais noras que atendem aos critérios, e nosso jovem mestre não está com pressa para se casar. Mas a família Lira só tem esta oportunidade. Espero que o senhor considere isso com cuidado."

O tom do Assistente Hector era suave, mas suas palavras eram extremamente pressionantes.

"Eu já pensei bem..."

"Fernando, por que você não escuta o que a Daniela tem a dizer?" - Letícia Freitas interrompeu Fernando Lira.

"O que ela tem a dizer? Que você a obrigou a pagar sua dívida de criação?" - Fernando Lira gritou com Letícia Freitas.

A conversa anterior com Daniela Lira o havia incomodado por muito tempo, e agora a família Carneiro queria que ele assinasse um documento cortando os laços com sua própria filha!

"Fernando, você disse antes que nossa família Lira não é tirânica, que as grandes decisões são tomadas por votação familiar, certo?" - Letícia Freitas nunca desrespeitou Fernando Lira na frente de outros, então ela ainda falava com uma voz suave, provavelmente sua única sabedoria.

"Letícia Freitas, se você continuar falando bobagem, nós vamos nos divorciar!" - Fernando Lira a advertiu severamente.

Daniela Lira sabia que a Senhora Carneiro estava tentando protegê-la, mas não havia necessidade. Daniela Lira, se tem coragem de agir, tem coragem de assumir.

"Papai, estou cansada. Se você realmente me amou, veja isso como o último ato de amor de um pai e concorde, por favor." - Daniela Lira colocou uma tigela de mingau de aveia com leite, grosso e aromático, na mesa de cabeceira do hospital, ao lado de um pequeno prato de bolo de espinafre com ovo e um ovo escalfado.

Seus movimentos eram cuidadosos, e o aroma do café da manhã se espalhava pelo ar, claramente mostrando que não era uma refeição comprada, mas feita com dedicação. Ela parecia a filha devota e atenciosa que todo pai gostaria de ter, mas suas palavras eram cruelmente desprovidas de emoção.

"Daniela, você..." - Fernando Lira mexeu os lábios, mas não conseguiu formular uma resposta.

"Pai, eu sei que você realmente se preocupa comigo, mas você está tão ocupado, tão consumido pelo trabalho, que acha que só porque chega em casa e me vê bem, acha que estou feliz." - Daniela Lira entregou um garfo e uma faca a Fernando Lira: "Sou grata à família Lira por me proporcionar boa comida, um lar e uma educação de qualidade. É por isso que não vou ignorar os problemas que a família está enfrentando."

Ela fez uma pausa, sua voz suave, mas resoluta: "Mas minha gratidão à família Lira se limita apenas a isso."