Um Casamento de Contrato, Quatro Maridos Diferentes!

No coração pulsante do romance amoroso, a exímia fazedora de paladares Daniela Lira vê-se trilhando um inusitado caminho conjugal com o herdeiro dos Carneiros, o infame Kevin Wendell Carneiro. Dizem as línguas que o rapaz possui a mente de uma criança de oito anos — um tolo inocente perdido no jogo dos adultos.

Após juras e alianças trocadas, Daniela é lançada ao turbilhão de um cotidiano conjugal onde seu marido desfila uma miríade de máscaras:

No despertar desse teatro nupcial, Kevin revela-se uma ternura urgente, enlaçando-a com súplicas melosas. "Daniela, serei o donzel mais dócil a seus pés; minha devoção é sua, inteira e irrevogável."

Daniela, entretida pelo jogo, não contém um sorriso maroto: "Tenho um maridinho que mais parece um docinho colado em mim."

Virando a página do calendário das emoções, a segunda face de Kevin se revela como a mais fria das indiferenças. Com um olhar de grife, precipita Daniela ao desarraigo: "Podes ficar tranquila, não almejo os requintes de quem já pertenceu a Kevin Wendell."

Daniela se depara confusa: "Que peça é essa que se encena agora?"

No signo da elegância, o terceiro acto mostra um cavalheiro com o decoro da nobreza, defendo-se dela com um desconcertante "Quem és tu, e que fazes em meu santuário?"

Daniela encontra-se às portas da loucura: "Misericórdia, que trama é essa que se desenrola diante de mim?"

E quando pensa ter visto de tudo, a quarta faceta brinca com o flerte descompromissado. Kevin, com olhos cúmplices, provoca: "Diga-me, minha cara, de qual dos três Kevin Wendells és a joia conquistada?"

Nesse desvario, Daniela claudica entre histeria e certeza: "Mas que demência é essa? Em vez de uma alma simples, casei-me com um homem de espíritos fraturados!"