Leonardo enquanto se dirige a uma loja masculina, pensa que tipo de pijama comprar, ele não conhece os gostos do pai, que tipo de roupa usa. Depois de muito pensar decide ir em uma loja tradicional, ele explica ao vendedor a situação, ele trás vários modelos e tamanhos,
-Senhor pelo que me explicou, coloquei três tamanhos, pois não se sabe ao certo o numero dele, e alguns modelos, ele pode experimentar, o que não servir, pode se fazer troca ou devolução. Leonardo agradece e sai da loja com varias sacolas, antes de ir ele passa para tomar um lanche. Depois segue para o hospital. Parando o carro ele fica um tempo parado sem se mexer, pega o telefone e liga para Alice,
-Alice já me encontro na porta hospital. Alice olha Plínio que esta distraído e responde baixinho,
-Vou te encontrar. Desligando o telefone Alice avisa,
-Plínio, Leonardo chegou, vou encontrar com ele, vou ficar no refeitório ate me chamarem, espero que se resolvam hoje a situação. Um pouco assustado Plínio concorda, ele se ajeita na cama, Alice olha e fala,
-Não precisa ficar tenso, seu filho é uma pessoa sensata, seja natural que tudo vai dar certo. Terminando ela sai para encontrar com Leonardo. Ele está na sala de espera com várias sacolas do lado, quando ela chega ele se levanta, -Leonardo, vou dizer o mesmo que disse a seu pai, não fique tenso, seja natural, eu vou estar no refeitório, assim que terminarem me chamem. Leonardo concorda sem emitir uma palavra. Quando Alice sai, ele se dirige ao quarto que esta entre aberto, bate devagar e aguarda,
-Pode entrar. Escuta a voz do pai, suspirando fundo ele abre a porta devagar. Ele entra ressabiado e vai chegando perto da cama, mas mantem uma distancia segura. -Trouxe os pijamas, mas como não sei seu gosto e o seu tamanho, trouxe vários, o que não servir, posso trocar ou devolver. Disse mostrando a sacolas. Plínio olha desconfiado para Leonardo, -Obrigado, podia ter pedido ajuda ou ter buscado em casa os que tenho, não precisava perder seu tempo escolhendo. Leonardo suspira e tenta falar com calma, -Não me atrapalhou, sendo sincero foi estranho, mas não me deu trabalho. Disse colocando as sacolas no pé da cama. Eles ficam um tempo em silêncio e Plinio decide acabar com o clima pesado que esta.
-Leonardo pode se sentar perto de mim? Perguntou com receio. Sem responder Leonardo se aproxima e senta na poltrona que Alice fica. -Deve ter muita mágoas de mim, Plinio fala. Leonardo pensa antes de responder.
-Quando cheguei, confesso que sim, mas me envolvi com o trabalho, demorei a ir na casa, lá fiquei sabendo de Valdo, então liguei e conversamos muito, confesso que ainda tenho perguntas, mas hoje podem esperar. Plínio fica surpreso com a atitude dele.
-Diga o que quer perguntar, se eu ficar puder te respondo, assim acaba com suas dúvidas, e se forem surgindo vamos procurando as respostas. Leonardo fica com receio, mas o tom de Plínio lhe ajuda a decidir.
-Valdo me contou muitas coisas que não sabia, na verdade por hoje se puder me responder uma pergunta já me ajuda. Plinio olha para ele dizendo,
-Então pergunte, responderei com honestidade. Leonardo se levanta e anda pelo quarto, depois olha para o pai e fala,
-Por que nem tentou ficar comigo? Me ver crescer, ser um pai para mim? Plinio olhando para ele sente que Leonardo tem algo guardado, e que a resposta é muito importante para ele.
-Por medo, não soube cuidar de sua mãe, eu trabalhava muito, se um dia passasse mal? Quem cuidaria de você? Se eu não conseguisse chegar a tempo para não te ajudar? Leonardo olha e fala,
-Não pensou em contratar uma babá para ficar comigo? Perguntou magoado.
-Mas teve sim, mas as que encontrei nunca eram boas o suficientes para cuidar de você. Tentando manter a calma Leonardo pergunta.
-Mas como assim? Conheço varias pessoas que tiveram e não teve problemas. Plinio suspira e fala cansado.
-Leonardo, ver você em braços de outra mulher que não fosse de sua mãe, me fazia sentir mais culpado, ela quem sonhava em te carregar no colo, te ensinar a fala, a andar, quando via uma babá fazendo isso, era como se estivesse traindo os sonhos dela, me perdoe. Plínio fala e se encosta na cama cansado. Leonardo olha para ele espantado, -Pai, tem noção do que falou? Por anos carreguei a culpa por achar que não gostava de mim, por que ela faleceu quando nasci, achei minha vida inteira até agora que me culpava. Plinio sorri para ele suavemente.
-Nunca meu filho, você é a prova viva do nosso amor, se tinha um culpado, este foi eu, pois não cuidei dela como deveria. Leonardo senta perto dele analisando que escutou. Os dois ficam em silêncio por um tempo. Depois de um longo suspiro Leonardo fala,
-Onde está o enfermeiro que ajuda Alice? Plinio olha e responde,
-Ele fica aguardando Alice chamar, geralmente ficamos nós dois conversando ou Alice estudando quando descanso após a medicação. Leonardo se levanta e liga para Alice,
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