O clima está estranho na sala de espera, mas Naná acha que é pela situação que aconteceu. Ela levanta e senta ao lado de Bianca.
Naná- Filha, tome um pouco de água, vai te fazer bem. Logo seu tio traz notícias. Vai ficar tudo bem.
Bianca- Obrigado. Eu vou esperar lá fora, preciso de um pouco de ar. Com licença. Diz levantando e saindo.
Rafael- Espere, vou com você. Naná, se o médico chegar, poderia me chamar? Não vou demorar.
Diz saindo com Bianca.
Os dois saem na porta e Bianca respira fundo.
Bianca- Eu estou bem, Rafael. Volte, podem precisar de você, é sua mãe que está lá dentro.
Rafael- Não pode ficar sozinha, está assustada.
Bianca- Eu não esperava me encontrar, com ele assim, foi um susto.
Rafael- Eu imagino. Mas Naná, gosta muito de mamãe, eu não quero que ela tenha mais uma surpresa ruim.
Bianca- Está certo. Ela parece ser uma boa pessoa.
Rafael- Bianca, muita coisa mudou, inclusive você, seja razoável e não aja no impulso.
Bianca- Não vou fazer nada. Eu só precisava respirar um pouco. Mas já estou melhor.
Rafael- Tem certeza?
Bianca- Tenho, sim, vamos entrar, meu tio pode sair e não me encontrar, também estou em choque com o que aconteceu no cemitério. Foi assustador. Mas vamos entrar, eu quero saber da mãe e da criança que nasceu.
Os dois voltam devagar para a sala de espera. Naná tenta sorrir, mas seu coração está apertado pela amiga. Bianca senta e fecha os olhos. Duas lágrimas descem em seu rosto. Rafael senta a seu lado, e fica calado. Elton está parado com o coração disparado. Nunca imaginou, um dia, encontrar os olhos verdes. Ele nem sabe o seu nome.
Um médico chama na porta.
Médico- Quem é parente de dona Laila?
Rafael- Sou o filho dela. Disse saltando da cadeira.
Médico- Ela está bem, mas teve uma luxação no braço, imobilizamos e demos um sedativo a ela. Pois ela vai sentir dor. Aqui está a receita dos remédios que deve tomar.
Rafael- E quando posso vê-la?
Médico- Já pode ir, deixa só o remédio, fazer efeito, e ela pode ir para casa. Ela tem que voltar, em quinze dias, vamos refazer o RX, e ela não pode movimentar o braço.
Rafael pede licença e vai com o médico.
Naná- Posso ir também?
Médico- Claro. Venham comigo.
Eles saem e Bianca fica sozinha com Elton. Eles se olham sem graça. Bianca desvia o olhar para a porta onde foi Renan. Ela levanta e anda pela sala.
Elton- O que aconteceu? Eu tinha ido comprar água, quando contou.
Bianca- É algo inusitado, não vai querer saber.
Elton- Vou, sim, e se eu puder ajudar, pode contar comigo.
Bianca- Elton, não quero ser grosseira, nem mal agradecida, afinal se preocupou, e trouxe água para todos. Mas de verdade, hoje eu estou exausta, tanto fisicamente, quanto emocionalmente. Não serei uma boa pessoa, para conversar.
Elton- Eu entendo. Mas eu quero saber de verdade, e não é só por curiosidade, fiquei preocupado com a sua fragilidade.
Bianca- Vou me recuperar, só preciso de tempo. Não se preocupe.
Ela o olha e depois fica de costa, para ele. Elton se sente desconfortável com a situação. Mas fica calado.
Rafael volta com Naná.
Rafael- Graças a Deus, daqui a pouco podemos ir. E você? O que vai fazer? Diz olhando Bianca.
Bianca- Eu só saio com meu tio e depois de saber o que aconteceu.
Rafael- Mas não pode ficar aqui, com esta roupa suja e sem agasalho. Vai esfriar a noite.
Bianca- Não estou com frio. E Renan não deve demorar, já faz tempo que entraram.
Rafael- Vou pegar um agasalho para você, tenho no carro.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Um CEO em Apuros
Amei a história. Os personagens são divertidos e intensos. Uma história leve, comovente e cheia de ensinamentos. Parabéns à autora...