Naná, assim que vê Elton, para de andar.
Naná- O que está fazendo acordado?
Elton- Te esperando. Você saiu e não disse nada. Eu fiquei preocupado.
Naná- Não precisava me esperar. Não avisei porque não deu tempo.
Elton- Onde estava?
Naná- Fui me encontrar com uma pessoa.
Elton- Quem foi Naná? Você nunca me escondeu nada! Vai fazer isso agora?
Naná- Eu fui me encontrar com seu pai.
Elton leva um choque e senta no sofá.
Elton- Meu pai? Porque não me avisou? Ele não veio com você?
Naná- Calma Elton. Eu não queria te contar assim.
Elton- Mas eu tenho o direito de saber! Você sabe o quanto eu tenho tentado achá-lo!
Naná- Sim, e disse a ele.
Elton- E então! Me conte o que aconteceu! Falou que eu estou procurando ele?
Naná senta no sofá e o chama, para sentar a seu lado. Elton fica sem entender nada.
Naná- Eu falei, foi isso que ele me procurou. Pediu para você, não procurar ele. Disse com uma tristeza na voz.
Elton- Como assim! Falou que eu mudei, que já sei toda a verdade?
Naná- Falei filho. Mas, ele não acredita. Contei que casou, contei tudo para ele. Mas ele não quer te ver. Disse que não acredita que isso, de você mudar, vai continuar. Seu pai ainda está abalado. Ele não se recuperou. Ele pediu, que não procure mais. E não teve nada que eu dissesse, que amolecia ele.
Elton- Onde ele está? Eu mesmo vou conversar com ele.
Naná- Não sei. Me colocou no táxi, e depois partiu. Pensei em seguir o carro dele. Mas não fiz isso. Ele está acabado. Não parece o mesmo homem.
Elton- E sou a culpa dele estar assim. Eu preciso ajudar meu pai.
Naná- Só vai conseguir, quando ele quiser. Não adianta forçar Elton, vai ser pior. De tempo. Quem sabe, ele reflita sobre o que eu falei, e volte, atrás. Mas não insista, pelo menos agora.
Elton deita a cabeça no sofá.
Elton- Naná, quando eu vou poder ter uma vida decente? Sem ter que ficar pisando em ovos, e tendo credibilidade com as pessoas.
Naná- Eu não posso te dizer, mas você está fazendo o seu melhor. Só não desista.
Elton- Bianca estava aqui, até agora a pouco. Conversamos muito. Ela também não confia em mim, é grata pela ajuda, mas não acredita. Disse que vendo de fora, sua vida foi fácil, mas só ela conhece o que realmente acontecia com a cabeça dela. Eu já não sei mais o que pensar. Se meu pai, se nega a falar ou me ouvir! O que dirá Bianca. Eles são minha família. Um é meu sangue, outra minha esposa, e eu? O que faço?
Diz ele com uma tristeza na voz.
Naná- Lute, espere, nada vem de graça, você só tem que continuar sendo quem é, e esperar. Não desista de lutar. Nada vem quando queremos.
Elton- Bianca disse algo parecido. Já que chegou, eu vou deitar. Obrigado por não desistir de mim. Elton beija o rosto de Naná, antes de subir.
Naná fica olhando para ele. Ele parece carregar o mundo nas costas. Mas, infelizmente, ela nada pode fazer. Existem coisas que demoram a ser corrigidas. Naná suspira e vai para seu quarto.
Elton sobe as escadas devagar. Ele está com a cabeça a mil. Antes de entrar em seu quarto, ele vai ver Nathan. Ao chegar ao lado do berço, sorri tristemente e diz baixinho.
_ É tão bom ser um bebê, a vida de adulto não é boa. Deus te guarde, anjinho.
Elton levanta e vai para seu quarto.
Ele não percebeu a presença de Bianca. Ela ouviu a conversa dele com Naná e com Nathan. Bianca deita e pensa em como ele está. Ela sempre teve alguém ao seu lado. Mas Elton parece estar sozinho.
Elton tira a roupa e deita. Mas o sono não chega. Ele não consegue dormir.
Elton levanta e se arruma. Ele se sente sufocado em casa. Bianca escuta ele sair. Ela aproveita e vai ver Nathan.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Um CEO em Apuros
Amei a história. Os personagens são divertidos e intensos. Uma história leve, comovente e cheia de ensinamentos. Parabéns à autora...