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Um Vício Irresistível romance Capítulo 122

Clarice sentia o corpo exausto, mas a mente estava completamente desperta. Quando ouviu o que ele disse, abriu e fechou os lábios rosados, sussurrando com um tom manhoso:

— Eu tô tão cansada… Minhas mãos estão doendo.

Sterling, ao vê-la naquele estado frágil e quase derretido, sentiu o coração amolecer por dentro.

— Quem mandou você se esforçar tanto? — Respondeu ele, com um sorriso malicioso.

Três anos de casamento. Ainda assim, dessa vez havia sido diferente. Talvez porque, pela primeira vez, ela tivesse tomado a iniciativa.

— Se eu não me esforçasse, você ia ficar satisfeito? — Mesmo cansada, Clarice não baixou a guarda. No fundo, ainda estava apreensiva, com medo de ele resolver avançar mais uma vez.

O pomo de adão de Sterling subiu e desceu enquanto ele soltava uma risada baixa. Estava mesmo satisfeito. Mas sabia que aquele esforço todo dela tinha um motivo escondido.

Clarice, observando o rosto dele com aquele sorriso enigmático, perguntou com cautela:

— Sterling, você… Tá de bom humor agora?

Ela tinha um propósito claro para todo o empenho daquela noite. Sterling, que já imaginava o que ela queria, fingiu que não entendia.

— Por quê? Quer me agradar de novo? — Ele perguntou, num tom descarado e provocativo, enquanto seus dedos longos passavam lentamente pelos cabelos dela, brincando com as mechas.

O rosto de Clarice caiu imediatamente. Ele queria sair ganhando de graça outra vez? Que homem sem vergonha!

Mesmo assim, não ousou demonstrar irritação. Endireitou as costas, respirou fundo e, com a voz suave, disse:

— Sterling, eu sei que errei. Você pode, por favor, reconsiderar e deixar o estúdio da Jaqueline em paz?

— E onde foi que você errou? — Ele perguntou de propósito, mantendo a expressão séria.

A verdade é que Clarice não achava que tinha feito nada de errado. Mas, para salvar o estúdio da amiga, engoliu o orgulho.

— Me diz onde eu errei, e eu corrijo na hora! Só te peço, por favor, para ser generoso dessa vez e deixar o estúdio da Jaqueline em paz, tá bom?

Ela falava rápido, com medo de irritá-lo ainda mais.

— E você acha que é justo me pedir isso logo depois de ter feito só um "aquecimento"? — Ele disse, com a voz baixa e carregada, o rosto ainda sério.

Nesse momento, o som do celular interrompeu seus pensamentos. Clarice balançou a cabeça, tentando se recompor, pegou o aparelho e atendeu.

— Por favor, é a Dra. Clarice? — Uma voz feminina, embargada pelo choro, soou do outro lado da linha.

Clarice franziu levemente o cenho antes de responder:

— Sou eu. O que deseja?

— Eu queria saber se a senhora pode me ajudar num processo de divórcio. Posso explicar minha situação?

— Qual é o seu nome? — Perguntou Clarice, com calma.

— Sou Heloísa Mendes. Vivo com meu marido há vinte anos. Temos uma filha que estuda fora do país… — A mulher começou a falar sem parar, despejando detalhes sobre sua vida.

Clarice ouviu tudo em silêncio.

— Nós sempre tivemos um bom casamento… Até dois anos atrás, quando ele conheceu outra mulher em um jantar de negócios. Desde então, ele começou a desviar dinheiro para abrir uma empresa pra ela. A empresa agora tá indo bem e já faturou muito dinheiro nos últimos anos! — Continuou a mulher, a voz carregada de mágoa.

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