Sterling se aproximou e percebeu que havia algo errado com Clarice. Ele se sentou na beira da cama, inclinou-se e tocou sua testa. Estava coberta de suor, mas sem febre.
— Clarice, o que aconteceu? Onde está doendo? — Perguntou ele, arqueando a sobrancelha.
Há pouco, quando desceu, ela estava perfeitamente bem. Como, de repente, havia ficado assim?
Clarice ouviu a voz dele e, instintivamente, se aconchegou em seu peito. Sua voz saiu fraca, quase suplicante:
— Sterling, minha barriga... Está doendo muito. Quero ir ao hospital.
— Vou te levar agora. — Sterling respondeu prontamente, pegando-a no colo e levantando-se para sair.
De repente, Clarice despertou do torpor. Seus olhos se arregalaram de pânico, e ela disse, apressada:
— Me coloca no chão! Eu não quero ir ao hospital!
Se fosse ao hospital, sua gravidez seria descoberta, e ela sabia que Sterling jamais permitiria que ela mantivesse o bebê. Isso estava fora de questão!
Sterling franziu o cenho. Vendo-a suando de dor e ainda assim se recusando a receber ajuda, seu rosto endureceu. Ele exclamou, irritado:
— Se quer morrer, que seja fora da minha casa!
Clarice, indignada, rebateu:
— Eu avisei para você pegar leve, mas você não ouviu! Agora minha barriga está doendo, e a culpa é toda sua! E ainda vem gritar comigo?
Sterling ficou visivelmente desconcertado por um momento, mas logo recuperou a compostura. Sua voz saiu firme:
— Vou te levar ao hospital para fazer exames.
No fundo, ele achava que essa situação era um exagero. Como algo tão natural entre marido e mulher poderia levá-la ao ponto de precisar de atendimento médico? Na sua cabeça, Clarice estava sendo dramática demais. Mas ele preferiu não verbalizar esse pensamento.
Enquanto conversavam, já haviam descido as escadas. Clarice começou a ficar nervosa. “E agora, o que eu faço?”
Nesse instante, o som de um celular tocando quebrou o silêncio. Sterling arqueou uma sobrancelha e disse:
— Pega o meu celular. Está no bolso da minha calça.
Clarice suspirou e, sem escolha, colocou a mão no bolso dele para pegar o aparelho. Porém, no nervosismo, acabou tocando em algo que não devia.
Seu rosto ficou imediatamente vermelho, e ela gaguejou:
— Desculpa! Não foi de propósito!
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Um Vício Irresistível
Por favor, cadê o restante do livro???...