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Um Vício Irresistível romance Capítulo 127

— Por que você escondeu da família o acidente da Teresa? Você sabe muito bem que ela agora está grávida, e o bebê que ela carrega é do seu irmão mais velho! Se algo acontecer, acha que a Clarice vai conseguir arcar com as consequências? — Virgínia falava em um tom acusador, os olhos fixos em Sterling.

Sterling franziu o cenho, a voz fria:

— Ela sofreu um acidente, mas não aconteceu nada grave. Por que sair espalhando isso?

Ele havia dado ordens claras para que Isaac mantivesse o assunto em segredo. Então, como sua mãe havia descoberto?

— Não quer espalhar porque está protegendo a Clarice! Não pense que eu não sei o que você está tentando fazer. — Ao mencionar Clarice, o tom de Virgínia ficou ainda mais azedo.

Sterling respondeu com firmeza:

— Não se meta nos meus assuntos. Se está tão preocupada com a Teresa, mande mais empregados para cuidar dela.

O acidente de Teresa ainda era um mistério para ele. Sterling estava investigando, mas, pelo comportamento de Clarice, não parecia que ela tivesse algo a ver com aquilo. Apesar de não gostar dela, também não queria acusá-la injustamente.

— Sou sua mãe, como não vou me meter? Além disso, quando você e a Clarice vão se divorciar? Outro dia encontrei a Sra. Mariana no shopping. Ela me contou que a filha mais nova voltou e está procurando um bom partido. Eu lembro que aquela menina vivia atrás de você. Por que vocês não formam um belo casal? — Virgínia revelou suas intenções sem rodeios.

Sterling soltou uma risada fria:

— Então você veio até aqui, no meio da madrugada, só para tentar acabar com meu casamento e me empurrar para outra mulher?

A ideia era tão absurda que quase o fez rir.

— Você nem gosta da Clarice! O que vocês têm não pode ser chamado de casamento! — Rebateu Virgínia, impaciente.

Sterling bufou, visivelmente irritado:

— Já está tarde. Vá embora. Quero descansar.

— E a Clarice? Nem sequer desceu para me cumprimentar. É mesmo uma filha de gente sem classe. Não tem educação nenhuma! — Virgínia lançou um olhar de desprezo para o andar de cima, sua voz carregada de desdém.

As palavras dela atingiram Sterling como uma afronta. Ele retrucou, a expressão fechada:

Ele parou no meio do caminho, virou-se e a olhou com indiferença:

— Se você não sair agora, vou pedir para os seguranças te acompanharem até a porta.

Desde pequeno, ela nunca conseguiu controlá-lo. Agora, adulto, seria ainda mais impossível.

Virgínia não acreditava no que ouvia. Sterling não deixava espaço para negociação. Furiosa, ela bateu o pé. “Se ele não pode ser controlado, terei que usar a Clarice!”

No quarto, Clarice estava deitada, com o corpo encolhido em um esforço desesperado para aliviar a dor intensa que sentia na barriga.

Ela não ousava ir ao hospital, com medo de que Sterling descobrisse sobre a gravidez. Só podia suportar a dor em silêncio, rezando para que o bebê fosse forte o suficiente para resistir junto com ela.

Em meio ao sofrimento, seus sentidos começaram a falhar. Ela mal conseguia abrir os olhos. Ouviu o som da porta do quarto se abrindo e fechando, mas, por mais que tentasse, não conseguiu ver quem havia entrado.

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