Asher hesitou por um momento, mas acabou levantando o olhar. Foi então que Beatriz, de repente, inclinou-se e aproximou os lábios, depositando um beijo rápido em sua testa. Antes que ele pudesse reagir, ela se afastou com um sorriso enigmático.
— Pronto, estou indo! Te vejo à noite. E não se esqueça da sua promessa! — Disse ela, com uma leve provocação na voz.
Ela viu quando Asher pegou uma toalha de papel úmida e passou no rosto, limpando o local onde ela o havia beijado. Aquilo fez seu coração apertar, mas Beatriz não deixou transparecer. “Tudo bem, em breve ele será meu marido. Depois de casados, eu terei todo o tempo do mundo para estar com ele do jeito que quiser.” Pensou ela.
Asher terminou de limpar o rosto, jogou a toalha no lixo sem sequer olhar para Beatriz e voltou ao trabalho, como se nada tivesse acontecido. Para ele, aquele pequeno episódio não fazia a menor diferença.
Beatriz observou-o por alguns segundos, o sangue fervendo diante da indiferença dele. Mas, no fim, ela apenas respirou fundo, virou-se e saiu do quarto, pisando firme.
Assim que Beatriz deixou o local, Asher pegou o celular e ligou para seu assistente.
O assistente entrou rapidamente, mas sua expressão demonstrava um leve desconforto. Ele parecia nervoso.
— Sr. Asher... Eu...
— Fale logo. Por que você divulgou a informação? — Asher perguntou, enquanto pressionava as têmporas com os dedos. Sua voz era afiada como uma lâmina.
— Foi a Sra. Paula que me forçou... — O assistente respondeu com a voz baixa, quase um sussurro.
Ele sabia que não deveria ter revelado nada, mas achava que, como Paula era a mãe de Asher, não havia problema em contar algo relacionado ao estado de saúde dele.
— Entregue seu trabalho e finalize suas pendências. Amanhã você estará fora da empresa. — Asher declarou sem hesitação, com a voz firme.
Para ele, traição era algo inadmissível. Uma vez que alguém o traía, nunca mais teria sua confiança.
— Sr. Asher, eu sei que errei! Por favor, me dê mais uma chance! — O assistente implorou, tentando se justificar. Ele não conhecia Asher há muito tempo e, por isso, não sabia que o homem não era do tipo que tolerava erros, especialmente quando se tratava de confiança.
Asher apertou os lábios, mantendo o olhar frio.
— Não há espaço para negociações. Pode ir.
O assistente percebeu que insistir seria inútil. Ele abaixou a cabeça e respondeu:
— Obrigado, Sr. Asher.
Depois disso, ele se virou e saiu da sala, fechando a porta atrás de si.
Assim que o assistente foi embora, Asher pegou o celular novamente e fez outra ligação.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Um Vício Irresistível
Por favor, cadê o restante do livro???...