Clarice sentiu o corpo inteiro se enrijecer.
— Sterling, eu não quero!
— Eu nem tô fazendo nada. Só quero te deixar confortável. O que foi? Não gosta disso?
— Eu não tô confortável, quero dormir! — A voz de Clarice saiu apressada, e sua mente já começava a imaginar o que faria caso ele tentasse forçá-la.
— Eu estou te agradando desse jeito, e você ainda diz que não está confortável? Sra. Davis, você está mentindo. — Sterling murmurou, enquanto seus dedos apertavam suavemente a pele delicada dela. As palavras que ele sussurrou ao seu ouvido foram completamente indecentes.
Clarice o empurrou com força, rolando para longe dele na cama. Apesar do impulso, ela se controlou para não cair no chão, preocupada com a barriga. Apenas conseguiu criar um pouco de distância entre eles.
Sterling estreitou os olhos para ela, seu olhar carregado de emoções difíceis de decifrar. Era óbvio que ela estava rejeitando qualquer aproximação. Ele não podia evitar pensar: seria por causa de Asher? O que eles haviam conversado durante o encontro?
Clarice sentiu o peso do olhar dele e ficou nervosa. Sem dizer nada, ela se levantou da cama rapidamente.
Sterling, no entanto, foi mais ágil. Ele a puxou de volta, prendendo-a sob seu corpo e rasgando a camisola que ela vestia.
— Você é minha esposa. Cumprir os deveres de esposa faz parte do acordo! Que direito você acha que tem para me rejeitar?
A ideia de que Clarice e Asher tinham algo suspeito estava atravessada na cabeça dele. Sterling precisava reafirmar seu controle. Em questão de segundos, a camisola dela já estava em pedaços em sua mão.
Apesar do ambiente com temperatura controlada, Clarice sentiu a pele exposta ficar gelada.
— Sterling, isso não é cumprir deveres de marido. Isso é estupro marital! Eu vou te denunciar! — Clarice protestou, debatendo-se com braços e pernas, mas ele parecia completamente inabalável.
— Você acha que consegue vencer meu time de advogados sozinha? Clarice, você está sonhando. — Sterling zombou, enquanto seu olhar devorava a pele macia dela. O desejo já havia tomado conta de seu corpo, e ele estava impaciente, os movimentos ficando mais intensos.
Clarice estava apavorada. O medo e o desespero tomaram conta dela, e, em um ato reflexo, ela pegou o celular que estava no criado-mudo e o lançou com toda a força contra a cabeça de Sterling.
O celular, com uma capinha cheia de pequenos cristais, bateu com força contra a testa dele. O golpe foi tão forte que um corte abriu na pele, e logo o sangue começou a escorrer pelo rosto. O cheiro metálico e intenso do sangue rapidamente invadiu o ar.
Clarice ficou paralisada ao ver o sangue. Ela só queria que ele parasse, mas não imaginava que o machucaria daquele jeito. Agora, tinha certeza de que Sterling ficaria furioso.
— Não vou trocar de roupa. Vou assim mesmo para o hospital. Quando chegarmos lá, vou te denunciar por violência doméstica. — Sterling pegou o lenço e começou a limpar o sangue, enquanto seus olhos deslizaram pelo corpo seminu dela. — Sra. Davis, prepare-se para ir presa.
Ele só queria assustá-la. Sabia que ela era advogada, ousada e cheia de confiança.
— Foi você que começou me forçando. No máximo, isso é legítima defesa! — Clarice rebateu imediatamente.
Sterling deixou escapar um riso seco, o humor dele melhorando levemente.
— Não sabia que você era tão boa de argumentação.
Clarice, apesar de visivelmente assustada, manteve a calma, o que o surpreendeu. Ele não pôde deixar de admirá-la por isso.
— É porque você nunca prestou atenção em mim. Sua atenção sempre esteve na Teresa. Você nunca se importou comigo. — Clarice respondeu com um sorriso amargo. — Se tivesse prestado um pouco mais de atenção, talvez não fosse tão ignorante sobre a minha vida.
Assim como o fato de que ela já estava grávida de oito semanas, e ele ainda não sabia!

Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Um Vício Irresistível
Por favor, cadê o restante do livro???...