Uma Noite, Uma Esposa romance Capítulo 326

Justo quando ela estava prestes a fugir, Cayson agarrou o pulso dela e a prensou contra a parede novamente.

"Por que a gente não pode conversar sobre isso? Eu investiguei seu passado inteiro."

"Cayson, cuidado com o que você fala!"

O bom humor dela havia sido completamente arruinado.

Vendo que ela estava como um gatinho cujo rabo havia sido pisado, o rosto de Cayson escureceu.

Ele mencionou Jared casualmente, e a reação dela foi tão agressiva.

Isso demonstrava a importância que aquele homem morto tinha no coração dela.

Quando pensou que ele, uma pessoa viva, não podia se comparar a um homem que há muito tempo estava enterrado, Cayson ficou ainda mais deprimido.

Ciúme.

O ciúme dos homens também era muito assustador.

Ele agarrou a mão dela e abaixou a cabeça para beijar seus lábios.

Briley resistiu com muita relutância.

Mais uma vez, ele a prensou contra a parede. Ele apertou o queixo dela com a mão, forçando-a a abrir a boca.

"Hmm... você..."

As costas dela estavam pressionadas firmemente contra a parede fria. Um forte sentimento de rejeição brotou no coração dela e seus olhos gradualmente se avermelharam.

O que mais ele poderia fazer além de usar sua própria força para dominá-la?

Que piada.

O chamado "amor" dele era apenas sua extrema possessividade.

Ela era apenas uma das propriedades dele, que ele preferia destruir do que libertar.

Vendo que os grandes olhos dela estavam cheios de raiva, Cayson franziu as sobrancelhas levemente.

Ele estendeu uma mão e cobriu os olhos dela.

Ele não gostava do modo como ela o olhava. Não gostava.

Os olhos dela foram cobertos, e só havia uma luz fraca à sua frente. A visão dela foi temporariamente perdida, tornando seus outros sentidos mais aguçados.

Sentindo que o beijo dele estava ficando cada vez mais apaixonado e sua respiração cada vez mais acelerada, Briley vagamente sentiu que algo estava errado.

Enquanto ela pensava em como se libertar, o celular em seu bolso tocou.

Como se tivesse encontrado um salvador, ela rapidamente estendeu a mão para empurrar o peito de Cayson.

Talvez fosse porque o toque do seu celular dela realmente estragou o clima, ou porque a falta de coordenação de Briley o incomodou, Cayson pausou seu beijo forçado.

Depois que o beijo foi partido, Briley respirou fundo.

Ela olhou para ele nervosamente e rapidamente tirou o celular do bolso.

Quando viu que o identificador de chamadas era "Mãe", ela ficou ligeiramente surpresa.

Desde que sua mãe confessou sobre a adoção, elas não haviam mais se falado.

Por que ela de repente ligou para ela?

Briley segurou seu celular e olhou para Cayson. "É a minha mãe."

A frieza no rosto de Cayson não se dissipou. Ele apenas disse levemente, "Atende."

Depois disso, ele foi direto para o sofá e se sentou.

Vendo que ele havia deixado ela em paz, Briley suspirou aliviada.

Ela ajustou a respiração e pressionou o botão de atender. "Alô, mãe?"

"Briley, buááá..."

O soluço da Sra. Luna veio do outro lado da linha.

O coração de Briley apertou e ela rapidamente perguntou, "Mãe, o que aconteceu? Por que você tá chorando?"

Para ser honesta, se não fosse pela tristeza dos seus pais, ela não queria se envolver nesse tipo de coisa.

O tom de Cayson era firme. "Seu problema é meu também."

Depois de uma pausa, ele acrescentou: "E, você vai ver aquela louca da Jade. Quem sabe se ela e a família Thomson vão descontar a raiva que tão sentindo em você? Comigo lá, eles não vão se atrever a fazer nada."

Briley ficou sem palavras.

Vendo que ela não disse nada, Cayson arrumou a mala.

Briley olhou para a figura elegante dele com sentimentos mistos em seu coração.

...

Harrison e Belle foram um pouco relutantes em se despedir quando souberam que Briley e Cayson estavam prestes a ir embora.

Briley pediu que eles ficassem no resort por mais dois dias para que pudessem passar algum tempo sozinhos.

Depois de deixar o resort de verão, Briley e Cayson seguiram direto para o Hospital.

Quando o carro chegou lá, já era quase noite.

De acordo com o que sua mãe tinha lhe dito por telefone, Briley foi direto para a enfermaria no terceiro andar.

Antes de entrar na enfermaria, ela ouviu uma discussão lá dentro.

"Eu me esforcei muito pra cuidar dela nos últimos meses. Agora, ela não só perdeu o bebê, como também não vai mais poder engravidar. O que a gente vai fazer com uma mulher dessas?"

"Sra. Thomson, você não tem um pingo de consideração mesmo. A Jade acabou de sofrer um aborto, e mesmo assim você tá falando essas coisas na frente dela. Você não pode ter um pouco mais de noção?"

"Não tô nem aí. Ela não é a única triste aqui. Meu neto tá morto!"

Houve um breve silêncio.

"De qualquer jeito, eu não tô nem aí. Qual a diferença entre esse tipo de mulher que não pode ter um bebê e uma galinha que não pode botar um ovo?" A voz afiada da Sra. Thomson era particularmente dura.

Mesmo que Briley não gostasse de Jade, ela não pôde evitar franzir o cenho quando ouviu isso.

Não é à toa que sua mãe estava tão triste no telefone. Como ela e seu pai poderiam bater de frente com essa megera, a Sra. Thomson?