Uma Noite, Uma Esposa romance Capítulo 406

À noite.

Na clínica de repouso.

Cayson caminhou até a porta do quarto das crianças.

Quando as funcionárias de ambos os lados o viram chegando, inclinaram-se respeitosamente e disseram: "Jovem mestre."

"A Rene já dormiu?"

"A pequena senhorita acabou de dormir depois de tomar leite."

"Ok."

Cayson respondeu. Ele queria sair como de costume, mas desta vez, um par de olhos brilhantes passou pela sua mente.

Ele parou. "Vou entrar e ver como ela tá."

As duas funcionárias trocaram olhares e rapidamente abriram a porta para ele.

O quarto estava escuro, mas havia sempre um pequeno abajur aceso ao lado da cama.

Rene tinha medo do escuro. Se acordasse e estivesse escuro, ela chorava.

Cayson andou com passos leves até a cama rosa.

Sob a luz quente, a menina na cama estava fechando os olhos. Sua pele branca e macia, seus cílios longos e grossos e seus lindos cabelos caíam suavemente de ambos os lados, fazendo-a parecer uma princesinha tranquila.

Sua filha sempre se pareceu mais com Briley.

Elas tinham o mesmo rosto oval, nariz delicado e lábios rosados.

Exceto os olhos.

Os olhos e sobrancelhas de Rene pareciam herdar as pálpebras duplas de Cayson e seu olhar afiado.

Cayson sentou-se ao lado da cama por um tempo. Justamente quando estava prestes a se levantar e sair, a pequena garota na cama abriu os olhos.

"Papai."

"..."

Ele olhou para baixo e viu os belos olhos dela olhando diretamente para ele.

O tom de Cayson era suave. "Eu te acordei?"

"Eu não tava dormindo. Só tava fingindo."

Rene balançou a cabeça, levantou a pequena colcha sobre o seu corpo e sentou-se. "Você prometeu que ia ler a história da Branca de Neve pra mim hoje."

A pequena garota olhou para ele com seus belos olhos.

Ela deu a ele um olhar que dizia, "Eu fiquei esperando você voltar pra ler a história pra mim."

Um toque de desculpas lampejou nos olhos negros de Cayson. "Tô lembrando... mas tá um pouco tarde hoje. Eu leio pra você amanhã, ok?"

Rene inclinou a cabecinha e disse, "Eu não preciso que o papai leia."

"Rene tá brava?"

"Um pouco." Rene assentiu. "Mas Judy me leu essa história hoje."

"..."

Cayson franziu o cenho sem piscar. "Parece que a modelo tem uma boa relação com a Rene?"

Rene abraçou a boneca ao seu lado e perguntou com uma voz infantil, "Papai, a Judy vai ser minha madrasta?"

"..."

Sem esperar pela resposta de Cayson, Rene continuou, "Todas as madrastas são más, e a madrasta da Branca de Neve também. Eu não quero nenhuma madrasta."

Cayson sabia que Rene sempre fora esperta, então quando ouviu as palavras dela, achou interessante.

Ele perguntou, "Você não gosta de brincar com a Judy?"

Rene franziu os lábios e disse, "Ela na verdade não quer brincar comigo. Ela faz isso só pra te agradar. Ela acha que sou uma criança e não sei de nada. Mas eu sei muito bem."

"Você não é uma criança?"

Os lábios finos de Cayson se curvaram ligeiramente.

Depois de um momento de silêncio, ele sussurrou, "Rene, se você não quer uma madrasta, quer a sua mamãe biológica?"

Rene ficou atônita.

Depois de algum tempo, ela o olhou com seus grandes olhos. "Minha mamãe?"

Por um momento, Cayson sentiu que não estava falando com uma criança de três anos, mas com um adulto.

Ele acenou. "Sim."

Rene piscou os olhos e baixou a cabeça. "Papai, a vovó contou pra Rene que foi você que fez a mamãe ficar brava, por isso ela foi embora. A mamãe te perdoou? É por isso que ela tá pensando em voltar?"

Cayson obviamente não esperava que Olivia explicasse isso para sua filha dessa maneira.

Ele acenou e disse, "Bom, foi o papai que fez a mamãe ficar brava, mas a mamãe ainda não perdoou o papai... Rene, você quer ajudar o papai?"

"Como eu posso te ajudar?"

"Você pode agradar a sua mãe pra ela ficar feliz, aí ela não vai conseguir mais deixar a gente."

"..."

Rene fez um biquinho, e ninguém sabia o que ela estava pensando em sua cabeça.

Depois de um tempo, ela assentiu com a cabeça em confusão.

...

No início da manhã seguinte.

Briley já tinha se arrumado cedo.

Afinal, ela tinha que levar seu filho para a casa da família Rowe hoje.

Ela ficou sabendo que a velha madame Rowe tinha ficado sem comer por três dias, e agora ela dependia de uma sonda para aguentar o seu último suspiro.

Antes de sair, Briley havia especialmente advertido Drew.

"Quando você ver a bisa mais tarde, precisa se comportar e ser educado. Entendeu?"

"Mamãe, eu já não tenho uma bisa? Por que eu tenho outra bisa?"

Drew expressou suas dúvidas.

Briley ficou sem palavras por um momento.

Sentada no bando da frente, Katrina virou-se e olhou para Briley surpresa. "Briley, você não explicou pro Drew?"

Briley estava um pouco constrangida. "Eu não sabia o que falar..."

Katrina disse sem jeito, "Você tem que explicar pra criança. Senão, quando a gente chegar lá, ele não vai saber quem tá vendo."

Briley assentiu.

Em seguida, ela organizou seus pensamentos e explicou a relação entre a família Rowe.

"A pessoa que você vai ver mais tarde é a vó do seu papai. A velha madame Owen é a vó da mamãe. Você entendeu?"

"Entendi."

Drew assentiu e perguntou curiosamente, "Mamãe, vou encontrar meu papai mais tarde?"

Contudo, quando ele pensou no aviso de sua mãe antes de vir, ele hesitou por um momento antes de segurar a mão da velha madame Rowe.

A idosa olhou cuidadosamente para Drew, e a expressão nos olhos dela gradualmente se tornou satisfeita.

Após um tempo, ela estendeu a mão e disse, "Briley."

Briley estava atônita e rapidamente se aproximou dela. "Velha madame Rowe, eu tô aqui."

A velha madame Rowe balançou a cabeça. "Eu ainda quero ouvir você me chamando de vovó."

"..."

O coração de Briley tremeu levemente, mas a Velha Senhora Rowe olhava para ela com expectativa.

Nesse momento, ela realmente não conseguia suportar recusar.

Após um momento de silêncio, ela disse com a voz embargada, "Vovó."

Ao ouvir a voz de Briley, os olhos da velha madame Rowe se iluminaram. Ela ofegou e respondeu, "Boa... boa menina..."

Depois de dizer isso, ela abriu os olhos

Por um momento, Briley sentiu a mão que segurava a dela de repente se enfraquecer.

Seu corpo ficou tenso enquanto ela olhava para a velha madame Rowe que estava deitada na cama.

Ela ouviu a voz triste de Olivia. "A velha madame Rowe faleceu."

O ritmo do coração dela gradualmente virou uma linha reta.

Esta foi a primeira vez que ela encarou a morte tão de perto.

Esse tipo de sentimento era difícil de descrever.

Quando voltou a si, sentiu uma forte tristeza em seu coração.

Ela não sabia muito bem o que aconteceu depois.

Só se lembrava que tinha seguido Katrina para uma sala de descanso.

Depois, Katrina voltou para a casa da família Owen.

Quando Briley voltou a si, ela percebeu que tinha ido para a mansão da família Rowe com Drew e Rene.

Briley queria retornar para a casa da família Owen.

Mas diante do olhar sério de Cayson, ela não conseguiu dizer nada por um tempo.

Quando Cayson disse a ela, "Eu e minha mãe vamos pra clínica pra cuidar do funeral da vovó, vou vai ter que ficar cuidando das crianças."

Briley assentiu e concordou.

Afinal de contas, era difícil para ela dizer naquele momento: "Não, eu preciso voltar pra casa..."

Isso seria muito insensível.

Depois que Cayson saiu da mansão dirigindo, Briley olhou para trás, para os dois bebês adoráveis. De repente, sentiu que sua cabeça estava brilhando com amor materno.

Ela nunca havia cuidado de duas crianças.

Do pequeno Drew sim. Afinal, ela havia cuidado dele desde que nasceu, então sabia que ele era obediente e sensato.

Mas a pequena Rene...

Embora ela a tenha dado à luz, ela não conhecia a personalidade dela.

Apenas olhando para a expressão calma no rosto da menina, percebeu que era de fato uma pequena princesa fria e distante.

Briley sentiu uma grande pressão.

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