Uma Noite, Uma Esposa romance Capítulo 408

A voz dele estava repleta de cansaço.

Briley não conseguiu empurrá-lo para longe nem por um momento.

"Deixa pra lá. Ele deve estar esgotado depois de ter estado ocupado esses dias."

Não importa o quão poderoso Cayson Rowe fosse, ele ainda era feito de carne e osso.

Além disso, ele tem uma ótima relação com a velha madame Rowe.

Agora que sua respeitada avó havia falecido, ele deve estar muito triste.

Ela tentou se colocar no lugar de Cayson. Se fosse a velha madame Owen que tivesse falecido, ela com certeza estaria muito triste. Além disso, Cayson foi criado pela velha madame Rowe desde que era criança, então não havia necessidade de se falar muito sobre o relacionamento deles.

Depois de pensar um pouco, Briley estendeu a mão e deu um tapinha nas costas dele.

"Você... não fica assim... A velha madame Rowe não ia gostar de te ver chateado..."

Ela realmente não era boa em consolar as pessoas.

Além disso, a pessoa que ela queria consolar no momento era Cayson Rowe.

Antes disso, Briley não teria acreditado que haveria um dia em que ela precisaria consolar Cayson.

Cayson a puxou lentamente para fora de seus braços, mas suas mãos ainda seguravam os ombros dela.

Ele se inclinou e olhou para baixo, para ela.

Com um olhar complicado em seus olhos, ele não falou.

Depois de um bom tempo, a expressão no rosto dele voltou ao normal.

"As crianças foram obedientes esses dias?"

"Ah, elas foram muito obedientes."

Esse tipo de conversa entre marido e mulher fez Briley se sentir desconfortável.

Cayson concordou com a cabeça. "Ah, que bom."

Depois de uma pausa, ele acrescentou, "Obrigado pelo seu esforço esses dias."

Briley ficou sem palavras.

Os cantos da boca dela se contorceram. "Não foi nada, seu esforço com certeza foi maior que o meu."

Nesse ponto, parecia que não tinham mais nada para dizer um ao outro.

Sentindo o silêncio repentino no ar, Briley rapidamente disse, "Bom, se é só isso, voltar pro meu quarto... Ah, você devia ir dormir cedo..."

Ela recuou.

Assim que se virou, pareceu lembrar de algo e virou-se novamente. "Aliás, vou voltar pra casa da família Owen com o Drew amanhã."

As sobrancelhas grossas de Cayson se franziram. "Voltar pra casa da família Owen?"

Briley se preparou e disse, "Sim, até porque, a gente já tá aqui faz dias."

"..."

Os olhos escuros de Cayson se estreitaram levemente, e seu olhar era sombrio.

Briley continuou, "Eu voltei porque queria que a velha madame Rowe visse o Drew pela última vez... Agora que o funeral acabou, é hora de eu levar o Drew de volta pra Fliyque."

"Tá com tanta pressa assim de ir embora?"

"..."

"Ou tem alguém te esperando em Fliyque?"

Cayson sabia muito bem que, três anos atrás, Joey havia seguido Briley para o exterior.

No entanto, o velho mestre Baxter tinha se oposto ao casamento deles, então eles ainda não haviam se casado.

Claro, mesmo que o velho mestre Baxter concordasse, ele tinha cem maneiras diferentes de impedir que eles se casassem.

Diante da pergunta de Cayson, Briley franziu levemente o cenho.

Ela se recompôs. "Parece que isso não tem nada a ver com você."

Pensando que as duas crianças ainda estavam dormindo no quarto, ela rapidamente disse, "Já tá muito tarde. Eu preciso descansar."

Enquanto falava, ela voltou para o seu quarto e fechou a porta com um estrondo.

Cayson ficou onde estava, olhando para a porta fechada. Seu rosto bonito estava preenchido com frieza.

Essa mulher...

Fazia três anos, e o jeito teimoso dela não havia mudado nem um pouco.

...

Na manhã seguinte.

Os dois pequenos que haviam acordado cedo correram para um canto da sala de estar para conversar.

"Drew, por que seu apelido é pequeno Drew?"

"Porque meu nome é Drew Luna, e eu sou o pequeno dela. Mamãe disse que esse é um apelido popular hoje em dia para crianças, então ela me deu esse apelido."

"Mas você é meu irmão. A gente devia ter o mesmo sobrenome, Rowe. Meu nome é Rene Rowe. Você devia se chamar Drew Rowe."

"Eu não sei. A mamãe provavelmente não quer que eu tenha o mesmo sobrenome do papai."

"A vovó falou que foi o papai que deixou a mamãe brava, por isso a mamãe abandonou o papai pra morar no exterior."

"Eu não sei. A mamãe quase nunca fala do papai comigo. Mas eu acho que o papai é muito bravo. Por isso, ele afastou a mamãe."

"Drew, será que a gente pode ajudar o papai convencer a mamãe? A Rene quer ficar com você e a mamãe. Não quero que vocês dois vão embora."

Ao ouvir a proposta de sua irmã, Drew ficou obviamente tentado.

Mas depois de pensar um pouco, ele ainda estava um pouco hesitante. "Mas... mas... O tio Joey ainda tá esperando a gente em Fliyque".

"Quem é o tio Joey?" perguntou Rene com curiosidade.

"Bom, será que ele é o namorado da mamãe? Ele trata ela muito bem e eu também. Eu pensava que ele era meu papai".

"Ah, entendi."

Parecia que Rene conseguia ver através de tudo. Seus olhos negros estavam repletos de insatisfação. "Seu tio Joey deve ser igual a Judy, querendo se aproximar da mamãe através de você."

"Quem é Judy?"

"Uma mulher que quer ser a namorada do papai. Ela fica tentando me agradar, mas eu não gosto dela." Rene estendeu as mãos, parecendo muito desamparada.

Drew inclinou a cabeça e pensou seriamente por um tempo antes de dizer: "Então eu acho que o tio Joey é diferente. Ele gosta da mamãe de verdade".

Rene retrucou: "Então o papai também gosta muito da mamãe".

Assim, as duas crianças acabaram brigando quando discutiram o tema "Papai e tio Joey, quem gosta mais da mamãe".

Quando Cayson desceu do andar de cima, viu as duas crianças discutindo ferozmente.

Assim que Drew foi posto no chão, ele foi pressionado por uma mão grande.

"Você quer correr? Primeiro seja obediente e me chama de papai."

"Não!"

"Tem certeza?" Cayson ergueu as sobrancelhas grossas.

"Não é não! Na pior das hipóteses, você pode me matar. Eu sou um homem corajoso."

"..."

Cayson ficou sem palavras. Que monte de besteiras que Briley ensinou à criança!

No momento em que o pai e o filho estavam em um impasse, um funcionário veio da porta para avisá-los.

"Jovem mestre, a senhorita Judy tá aqui."

Judy?

Cayson, Drew e Rene tinham expressões diferentes em seus rostos.

No segundo seguinte, as duas crianças voltaram seus olhares para Cayson ao mesmo tempo.

A expressão de Cayson era indiferente.

Antes que pudesse dizer qualquer palavra de rejeição, ele viu a figura descendo do segundo andar.

Com os olhos negros brilhando levemente, ele ficou sério e disse ao funcionário: "Deixa ela entrar".

O funcionário assentiu e rapidamente saiu.

Rene ficou atônita. "Papai!"

No entanto, o rosto de Drew estava cheio de desdém. "Homem malvado, não vou querer uma pessoa igual você pra ser meu pai!"

Assim que Briley desceu as escadas, ela viu a cena de Cayson pressionando o pequeno Drew, e o rosto do menino estava desconfortável. Rene ficou de lado, sentindo-se infeliz.

"Cayson, como você pode maltratar uma criança!"

Ela gritou nervosa e desceu correndo as escadas.

Vendo que ela estava protegendo tanto o filho, Cayson soltou Drew preguiçosamente. "Só tô tentando melhorar nossa relação de pai e filho."

Drew se jogou nos braços de Briley e disse: "Mamãe, esse malvado quer me obrigar a chamar ele de papai. Eu não gosto dele!"

Briley estava sem palavras.

Ao ouvir a reclamação de seu filho, ela ficou sem palavras.

"O que o Cayson estava fazendo..."

"Como ele poderia forçar uma criança a reconhecê-lo como seu pai?"

"Mamãe, as coisas não são assim..." Rene queria explicar para amenizar a situação de seu pai.

Mas antes que ela pudesse terminar de falar, a jovem e bela modelo Judy entrou.

Judy estava vestida como uma autêntica dama hoje. Usava um vestido rodado amarelo claro e sapatos de salto alto brancos simples. Seus cabelos castanhos estavam enrolados atrás da cabeça, e seu rosto mestiço ainda era bonito e sedutor.

Ela estava carregando uma grande sacola na mão.

Antes que ela se aproximasse, eles ouviram sua voz doce. "Rene, olha o que eu trouxe pra você."

Quando ela viu a família de quatro pessoas na sala de estar, o sorriso de Judy congelou.