Uma Noite, Uma Esposa romance Capítulo 411

Briley estava segurando a xícara com firmeza e olhava silenciosamente para Olivia à sua frente.

Parecia que ela não estava brincando.

No entanto, o que ela deve fazer diante do pedido repentino da ex-sogra?

"Sra. Rowe, agradeço por estar disposta a respeitar os meus desejos, mas eu não vou deixar o pequeno Drew." O olhar de Briley era sereno. "Se o Cayson tivesse dito três anos atrás que eu não ia poder ficar com uma das crianças, talvez eu tivesse concordado. Mas, agora ele já tem três anos, eu criei ele sozinha e é impossível a gente se separar."

"Mas ele é uma criança da família Rowe."

O rosto de Olivia de repente se tornou sério. "Eu ouvi falar que o Joey ficou lá com você esses três anos e, te pediu em casamento várias vezes. Se você realmente se casar com o Joey, o que vai acontecer com o Drew? Eu nunca vou permitir que meus descendentes acabem em outra família."

Briley ficou sem palavras por um momento.

Ela sentiu que a Olivia à sua frente parecia bem diferente de antes.

No passado, Olivia sempre fora uma pessoa amável e simpática, e tinha uma cabeça bastante aberta e casual.

Mas agora, ela parecia ter se tornado conservadora, o que a fazia parecer com a velha madame Rowe, que já havia falecido.

Após pensar por um tempo, Briley suspirou suavemente em seu coração. As pessoas mudam.

Três anos não é muito tempo, mas é mais do que suficiente para mudar a mente de uma pessoa.

As duas mulheres permaneceram em silêncio por um longo tempo.

No final, Briley disse firmemente, "Sra. Rowe, eu não vou deixar o pequeno Drew com a família Rowe."

Olivia parecia indiferente. "Ou, você pode dar outra chance pro Cayson. Esse é o melhor desfecho."

Briley franziu os lábios.

Por um momento, ela não conseguia distinguir se Olivia estava ali para pedir a criança ou para convencê-la a se casar novamente com Cayson.

Mas, casar novamente com Cayson?

Ao pensar no comportamento de Cayson de manhã, ela se sentiu um pouco deprimida.

Nos últimos três anos, esse homem não havia mudado seu temperamento de forma alguma. Ele ainda era autoritário como antes.

"Sra. Rowe, eu e o Cayson não damos certo. O amor é igual beber água. Só a gente sabe como é a verdadeira sensação de estar naquele relacionamento..."

"Ah, você já me falou isso antes. Mas eu posso ver que nos últimos três anos, Cayson nunca te esqueceu. Como mãe dele, não me sinto bem vendo ele assim."

Briley ficou sem palavras.

Ela olhou para Olivia com um pedido de desculpas no olhar, mas não sabia o que dizer.

Vendo que não chegariam a um consenso, acabaram de tomar o chá e saíram da sala.

Briley já havia arrumado a maior parte de suas coisas. Sabendo que Cayson estava na empresa agora, ela estava pronta para aproveitar esta oportunidade para deixar a antiga casa da família Rowe.

O mais importante, Rene estava praticando piano nesta hora.

Briley não queria sair na frente de Rene porque sabia que não conseguiria.

Depois de entrar no carro, Drew olhou para sua mãe, que parecia um pouco deprimida, e perguntou suavemente, "Mamãe, você tá triste de se separar da Rene?"

Briley acenou com a cabeça e respondeu, "Sim."

"Na verdade, também não quero me separar dela." Ele franziu os lábios e pausou por um momento. Então, ele se virou para olhar para Briley e disse: "Mamãe, se a Rene descobrir que a gente tá indo embora escondido, ela com certeza vai ficar muito triste."

O coração de Briley afundou. "É culpa minha não poder levar ela comigo."

Drew perguntou: "Mamãe, aquele cara malvado é realmente o meu papai?"

"Bem, ele é seu pai e da Rene."

"Então por que vocês não tão juntos? Ele te maltratou antes, então por isso você deixou ele e a Rene?"

"Isso... isso é assunto de adulto. Vocês crianças não vão entender."

Briley realmente não sabia como explicar seu relacionamento com Cayson para seu filho.

Ela não podia dizer que eles tinham tido eles por causa de uma aventura de uma noite, e depois fingiram se casar, certo?

Drew coçou sua cabecinha. "Mamãe, a gente pode ver a Rene de novo?"

Briley ficou atônita, e seu tom era um pouco incerto. "Sim... eu acho."

Drew queria perguntar algo, mas de repente, o carro parou com um guincho.

"Screech!"

"Bum!" Houve um barulho alto.

O carro sacudiu por um tempo, e todas as pessoas no carro foram jogadas para a frente.

"Mamãe!" Drew gritou de medo.

A expressão de Briley mudou. Ela abraçou Drew subconscientemente e o protegeu firmemente.

Felizmente, o carro logo se estabilizou e parou lentamente.

Briley abaixou a cabeça para verificar como ele estava. Depois de se certificar de que ele não estava ferido, ela perguntou ao motorista na frente, "O que aconteceu?"

O motorista ainda estava em estado de choque. "Um Maserati bateu do nada na gente. Eu não sei o que tá acontecendo também. Por favor, espera um pouco. Vou sair do carro pra verificar."

Briley respondeu com um "ok".

Mas ela não ia mais ficar no carro. Ela abriu a porta e saiu com Drew.

O tempo hoje estava um pouco nublado, mas agradável, porque era verão.

Briley se agachou na frente de Drew e pegou suas duas mãozinhas. "Pequeno Drew, você se machucou em algum lugar?"

Drew balançou a cabeça. "Mamãe, eu tô bem. Não se preocupa comigo. Você se machucou?"

"Não, a mamãe tá bem."

"Se você se machucou, me fala. Eu vou soprar e vai ficar tudo bem."

"Você não voltou pra nossa cidade natal com a mamãe e o papai?"

"Ha, por que eu deveria ficar em um lugar desleixado como aquele? É bem melhor ficar em Mento. A felicidade aqui é sem fim nessa cidade colorida."

Briley encarou os belos lábios vermelhos de Jade e deu uma olhada no caro carro esportivo atrás dela. Ela tinha uma ideia vaga do que estava acontecendo.

Depois de hesitar por um tempo, não pôde deixar de perguntar, "O que você tá fazendo da vida agora, pra conseguir se sustentar aqui em Mento?"

O sorriso de Jade congelou por um momento antes de dizer, "O que você acha?"

A expressão de Briley era grave. Parecia que ela estava certa. Jade havia caído completamente.

"Você... Mamãe e papai sabem o que você faz em Mento?"

"Eles sabem que eu tô em Mento, mas não sabem o que eu tô fazendo aqui." Jade disse levemente, "Não precisa contar pra eles. Se eles souberem, vão morrer de raiva."

Depois de um momento de silêncio, Briley perguntou suavemente, "Como a mamãe e o papai passaram esses últimos anos?"

Jade lançou-lhe um olhar com um toque de escárnio. "Que doce da sua parte, uma dama nobre, ainda pensar nos meus pais? Porém, não é da sua conta se os meus pais tão bem ou não. Eu sou a filha biológica deles."

Ouvindo as palavras de Jade, Briley suspirou em segredo.

Jade ainda era assim. Ela sempre falava de uma maneira estranha.

Nos últimos anos, Briley esteve no exterior. Embora não tivesse visto seus pais adotivos, a família Owen lhes enviava dinheiro de vez em quando.

Com essa quantia de dinheiro, a vida do casal idoso estaria bem.

Mas mesmo assim, ela decidiu encontrar uma chance de visitar seus pais adotivos em alguns dias.

Afinal, era raro para ela voltar. Se não os visitasse, seria muito insensível.

Bem nessa hora, um celular tocou.

Jade pegou seu celular caríssimo e olhou para o identificador de chamadas. Seu tom imediatamente suavizou.

"Querido, já tô indo. Tive um pequeno acidente agora. Ja já chego aí."

"Sim, vai e toma um banho primeiro. Me espera."

"Meu Deus, não fala isso! Vou desligar..."

O telefone desligou. Em menos de um segundo, a expressão de Jade voltou à sua usual, dura e indiferente.

Ela lançou um olhar para Briley e disse: "Já que a gente se conhece, não vou te pedir uma indenização. Ainda tenho coisas pra resolver, então já vou embora."

Depois disso, ela voltou ao carro, pegou uma bolsa de couro brilhante e saiu de táxi sem olhar para o carro danificado.

Observando o táxi se afastar, Briley ficou profundamente sem palavras.

O motorista também estava constrangido. "Senhorita, o que a gente faz agora?"

Briley disse, desamparada, "Esquece. Você fica aqui esperando a polícia pra lidar com isso. Entra em contato com a seguradora... Eu vou pegar um táxi e voltar pra casa da família Owen com o Drew."

Ao ouvir isso, o motorista não disse mais nada.