Uma Noite, Uma Esposa romance Capítulo 446

Quando Briley entrou no quarto, o médico estava dando algumas orientações para Cayson.

Ele estava deitado na cama, com um par de olhos negros meio fechados, parecendo apático. Ninguém sabia se ele estava ouvindo com atenção ou não.

Só quando ele viu Briley parada na porta é que seus olhos se iluminaram.

"Sr. Rowe, já elaboramos um plano de recuperação pra você. Você..."

"Saiam."

"Hãn?" O médico ficou surpreso.

"Tô mandando vocês saírem. Quer que eu desenhe?"

Havia um pingo de impaciência nos olhos bonitos dele, e a hostilidade ao seu redor foi liberada.

Os médicos e enfermeiras ficaram atônitos por dois segundos. Quando o viram olhando para eles friamente, logo baixaram suas cabeças e saíram do quarto.

Eles não podiam se dar ao luxo de ofendê-lo.

Kiran, que estava parado do lado de fora da porta, não se surpreendeu nem um pouco ao ver os médicos e enfermeiras saindo um a um, como se já esperasse por isso.

Ele deu uma rápida olhada no cenário dentro do quarto e depois fechou a porta por fora.

O quarto, que havia estado tão movimentado até um momento atrás, de repente ficou silencioso.

Briley olhou para Cayson na cama, e ela teve vontade de chorar.

Era ótimo que ele estivesse seguro agora.

Cayson franziu o cenho. "Vem aqui."

Era raro que Briley não o contestasse. Obedientemente, ela levantou os pés e caminhou em direção a ele.

Em pé, diante da cama do hospital, ela olhou para ele com os olhos vermelhos.

O cenho de Cayson aprofundou-se. "Por que você tá chorando? Quem te intimidou?"

Briley continuou em silêncio.

"Parece que você vai chorar... Não chora! Eu não tô morto."

Ele fingiu ser feroz e elevou a voz.

Mas Briley não se assustou nem um pouco.

Ela até achou ele fofinho.

Ela apertou os lábios, moveu a cadeira para o lado da cama, e sentou-se.

Ele estava vivo nesse momento. Os olhos longos, estreitos, negros e encantadores dele a observavam profundamente, mas seu rosto ainda estava pálido.

Ele estava vestindo uma camisola de hospital, mas para não apertar o ferimento, não estava totalmente abotoada. Ela podia ver o curativo branco no peito dele.

Briley encarou a gaze envolta no corpo dele, enquanto Cayson observava o rubor nas bochechas claras da mulher.

"Por que você não tá descansando no quarto? Por que você veio até aqui?" ele perguntou em um tom severo.

"Eu... Eu tô bem."

Ela levantou a cabeça e olhou diretamente nos olhos dele. A preocupação e ternura dele tornavam difícil para ela encará-lo nos olhos.

Os longos cílios dela tremeram levemente. Ela abaixou a cabeça e disse, "Eu fiquei sabendo que você se machucou. Queria ver você."

"Você queria ver se eu tava morto ou não?"

Havia um tom de zombaria na voz dele.

Os ombros de Briley tremiam.

Ela olhava para ele com olhos arregalados. "Não, não fala bobagem."

Vendo o quanto ela estava ansiosa para explicar, os lábios de Cayson curvaram-se levemente.

"Eu tô falando bobagem? Acho que você queria que eu morresse... Bom, seria melhor se eu morresse. Então ninguém ia te forçar a ficar, ninguém ia brigar com você pelas crianças, e ninguém ia impedir você e o Joey de ficarem juntos..."

"Cayson!"

Briley o interrompeu com uma carranca.

Ela olhou para cima com lágrimas nos olhos e disse com raiva, "Eu nunca pensei assim. Eu nunca quis que você morresse."

Cayson queria provocá-la um pouco mais, mas quando a viu tão alterada, engoliu o resto de suas palavras.

Briley parecia uma gatinha que teve o rabo pisado.

Um par de olhos negros e brilhantes estavam bem abertos. Eles pareciam ferozes, mas havia uma profunda mágoa neles.

Ele não conseguia suportar ver essa expressão.

Ele estendeu a mão subconscientemente, querendo tocar a cabeça dela e confortá-la.

Mas assim que estendeu a mão, foi afastada por ela.

"Ah..." Ele gritou de dor.

"O foi?" Briley de repente ficou nervosa.

Ela se inclinou, seu rosto pequeno cheio de preocupação enquanto examinava o ferimento dele.

Ela não usou muita força quando empurrou a mão dele.

Ela tocou a ferida acidentalmente?

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