Uma Noite, Uma Esposa romance Capítulo 455

Briley encarou os olhos negros dele. Vendo que ela queria chorar, mas segurava as lágrimas, Cayson não pôde deixar de estender a mão para cobrir os olhos vermelhos dela.

"Por que você tá cobrindo meus olhos..." Ela perguntou em choque. A voz dela soava triste, suave e delicada.

"Não me olha assim." A respiração dele estava um pouco pesada.

"Por quê?"

"Tô machucado agora. Não é conveniente eu fazer isso."

Houve silêncio.

Briley ficou atordoada por mais dois segundos. Quando ela voltou a si, seu rosto havia instantaneamente ficado vermelho.

Ela tinha estado um pouco deprimida e triste no início, mas as palavras dele dispersaram tudo isso.

Ela estendeu a mão para empurrar a dele e estava prestes a sair de seu abraço novamente.

Cayson imediatamente percebeu as intenções dela e a puxou para seu abraço. "Como você pode querer fugir tão cedo, sua menina traidora?"

Briley estava prestes a retrucar quando a porta foi aberta.

Kiran foi o primeiro a tomar a iniciativa, seguido por um monte de médicos e enfermeiras.

De repente, o quarto ficou quieto. Estava tão silencioso que até mesmo uma agulha caindo no chão poderia ser ouvida claramente.

Os dois estavam se abraçando no quarto. A jovem madame estava até mesmo corando.

Não importa como ele olhasse, a cena era constrangedora.

Briley não esperava ser vista por tantas pessoas assim. O rostinho dela ficou vermelho como um camarão cozido. Ela rapidamente se soltou dos braços de Cayson.

O rosto de Cayson escureceu, e ele lançou um olhar frio para os intrusos parados na porta.

Os intrusos sentiram um arrepio na espinha.

O líder dos intrusos, Kiran, rapidamente baixou a cabeça. "Desculpa, Sr. Rowe. A gente já vai sair."

Vendo que o grupo de pessoas estava prestes a sair, Briley também lembrou-se que era hora de trocar o curativo de Cayson. Ela disse, "Sr. Rush, volta aqui."

Ela não poderia atrasar o trabalho dele por conta de uma cena constrangedora.

Kiran parou onde estava. Ele virou a cabeça e viu que, embora a expressão de seu chefe ainda fosse sombria, ele não disse não. Parecia que ele estava dando-lhes permissão silenciosamente.

Ele levantou a mão para a equipe médica atrás dele e disse: "Sr. Rowe, é hora de trocar o curativo."

Embora Cayson soubesse que Kiran não queria interromper, ele ainda lançou-lhe um olhar frio.

Se ele não tivesse entrado de repente, talvez Briley ainda estaria em seus braços. Como ele poderia deixá-la escapar tão rapidamente?

As bochechas de Briley ainda estavam um pouco vermelhas, mas ela estava obviamente muito mais calma.

"Vamos, troquem o curativo dele."

Após uma pausa, ela disse a Cayson, "Então, eu vou sair."

Ao ouvir as palavras dela, as sobrancelhas de Cayson se juntaram. "Pra onde você tá indo?"

Briley ficou surpresa e de alguma forma sentiu-se um pouco culpada. "Ah, eu quero ver a Rene e o Drew. Eu não vi eles hoje cedo."

"Pedi pra levarem eles pra brincar, e a Belle e o Harrison tão cuidando deles. Não se preocupa."

Ah.

Os cantos da boca de Briley se contraíram. Ela era a mãe das crianças. Como ela poderia não se preocupar? Eles não eram crianças que ela pegou à beira da estrada.

A voz de Cayson soou novamente: "Me ajuda trocar o curativo."

Briley estava atônita e a cabeça dela estava cheia de interrogações.

A equipe médica que acabara de entrar no quarto também ficou atônita. Eles iriam perder seus empregos?

"Vou ter que tirar minha roupa quando trocarem meu curativo mais tarde. Você não tá preocupada que tanta gente vai estar olhando pro meu corpo?"

As palavras pretensiosas dele quase fizeram todas as pessoas presentes vomitarem sangue.

Briley sentiu como se três linhas negras tivessem caído da cabeça dela.

Ela rapidamente tirou a camisa dele, revelando o corpo forte e perfeito dele.

Briley fez o melhor para se concentrar e lembrar que ela era uma profissional da saúde cuja tarefa era trocar o curativo no momento.

Ela gentilmente afrouxou a atadura branca no corpo dele. No início, o tecido ainda estava branco, mas ao chegar nas duas camadas internas, ela ainda podia ver uma mancha fraca de sangue. Parecia que a ferida dele ainda não havia se cicatrizado.

Briley franziu levemente as sobrancelhas e afrouxou ainda mais delicadamente a última camada da atadura.

"Pode doer um pouco. Aguenta firme", ela disse suavemente.

"Ok," Cayson respondeu indiferente.

Mas depois que toda a gaze foi removida, a ferida de faca foi revelada diante dela.

O atacante esfaqueou-o pelas costas quando ele estava desprevenido, então a ferida principal estava nas costas.

A ferida tinha dez centímetros de comprimento, com mais de uma dúzia de pontos. Parecia uma espécie de centopeia com sangue preto nos pontos. Era muito assustador.

Esse era o ferimento que havia sido tratado. Era difícil para ela imaginar a gravidade do ferimento quando Cayson foi enviado ao hospital.

Briley sentiu vontade de chorar.

"Por que você não tá se mexendo?" Sentindo que não havia movimento atrás dele, Cayson perguntou casualmente.

Quando ele olhou para trás, viu que ela estava prestes a chorar.

A expressão dele mudou levemente, e seus olhos escureceram um pouco. "Não chora."

Briley fungou e respondeu: "Eu não vou chorar."

Ela se acalmou e pegou o remédio para aplicar gentilmente nele.

Durante todo o processo, Cayson aguentou a dor e permaneceu em silêncio.

Foi só depois que ela fez o curativo completo no ferimento, que Cayson baixou a cabeça e olhou para o peito. Ele disse como se estivesse a elogiando: "Bom, você fez um bom trabalho."

O humor de Briley estava pesado, então ela não conseguia se animar para rir.