Uma Noite, Uma Esposa romance Capítulo 538

Onde essas três jovens senhoras já foram insultadas de forma tão direta?

Especialmente em uma ocasião tão grandiosa, na frente de tantas pessoas da sociedade!

Por um momento, várias faces delicadas e bem vestidas ficaram vermelhas.

A líder, que era a mulher de vestido azul-celeste, esticou um dedo e rangeu os dentes, dizendo: "Ruth, com quem você acha que tá falando?"

Ruth deu uma risada zombeteira e comentou: "Não falei de ninguém em específico, mas se a carapuça serviu..."

Depois de dizer isso, ela não se deu ao trabalho de continuar falando bobagens com o grupo de senhoras. Ela pegou seu copo e virou-se para sair.

A senhora de vestido azul-celeste pretendia estender a mão e impedi-la, mas Ruth se virou e fez um movimento como se estivesse prestes a espirrar o vinho, assustando a outra mulher e fazendo com que ela retirasse a mão.

O sorriso de Ruth se aprofundou enquanto se afastava a passos largos.

A senhora de vestido azul estava tão furiosa que os olhos ficaram um pouco vermelhos. Ela repreendeu: "Você é só uma v*dia que nasceu de uma amante, mas se considera uma jovem rica. Aff."

As outras duas jovens senhoras a cercaram e a consolaram.

A dama no vestido preto e branco fez uma observação vaga: "Fiquei sabendo que essa tal de Ruth tem amizade com a Sra. Rowe. Talvez ela tenha ficado brava quando a gente começou falar da Sra. Rowe."

A mulher no vestido champanhe exclamou: "Ah? Como as duas podem ser amigas? Eu achei que existia uma mágoa entre a família Rowe e a família Santos. As duas famílias até discutiram um tempo atrás."

A mulher do vestido azul celeste disse friamente: "Hum, provavelmente é porque semelhante atrai semelhante. Mesmo a jovem senhora da família Rowe sendo a jovem perdida da família Owen, quem sabe se ela não é uma farsa? Ela é igual a Ruth."

Enquanto as mulheres conversavam, uma risada veio de não muito longe. "Sr. Rowe, finalmente você tá disposto a aparecer com a jovem madame."

Ao ouvir isso, todas as pessoas no banquete se viraram para olhar quem estava falando.

Cercados pela multidão, um homem e uma mulher caminhavam lado a lado. Cada um deles segurava uma criança delicada.

Sob o sol brilhante, o homem alto e sofisticado vestia um terno preto, e a gola de sua camisa branca estava desabotoada. Ele parecia tranquilo e casual. Quando olhava para a mulher ao seu lado, o rosto dele normalmente frio e bonito se tornava suave, tão gentil quanto um iceberg sendo derretido pela água da primavera.

Ao lado dele, a mulher tinha uma pele clara como porcelana, e o rosto gentil dela sempre carregava um toque de sorriso. O longo vestido creme acentuava a elegância e nobreza da mulher, dando às pessoas a sensação de que estavam sendo banhadas por uma brisa de primavera.

Que casal perfeito.

Isso era o que a maioria das pessoas presentes pensava.

Quando eles olharam para baixo e viram o carro ao lado deles, ficaram com ainda mais inveja.

Essa família era realmente linda!

Só por estar ali, a unidade familiar destacava-se como se estivessem posando para a capa de uma revista.

Muitos convidados com filhos no local estavam ansiosos para tomar uma atitude. Se seus netos ou filhos e filhas pudessem estabelecer uma conexão com a família Rowe, isso seria extraordinário!

A princípio, as três senhoras que estavam fofocando não conseguiam desviar os olhos enquanto olhavam para toda a família.

A mulher no vestido azul-celeste parecia surpresa. Ela não esperava que a supostamente "comum" e "insignificante" Sra. Rowe possuísse tal elegância.

Com cada cenho franzido e sorriso, cada movimento, a cintura fina e o rosto delicado, como ela poderia se parecer com uma mulher que havia dado à luz dois filhos?

A mulher vestida de rosa ao lado dela também murmurou: "Então o Sr. Rowe gosta de mulheres desse tipo..."

Sendo observada pela multidão, Briley reprimiu o leve constrangimento em seu coração e encorajou-se silenciosamente: "Continua sorrindo, continua sorrindo, fica calma, você consegue!"

Mas havia outra voz ecoando em sua cabeça: "Quanto tempo vão ficar me encarando? M*rda, minha boca já tá doendo de tanto sorrir."

Cayson parecia ter recebido o sinal de Briley e olhou para baixo, em direção a ela.

Ela se virou e viu as três pessoas caminhando em sua direção. Surpresa surgiu nos olhos dela.

O menino que andava na frente estava vestido com um smoking branco. Ele tinha cerca de sete ou oito anos e tinha traços delicados.

Briley fixou os olhos nele por um tempo antes de reconhecer que ele era o menininho que ela havia salvo alguns anos atrás, Brent Baxter.

Surpreendentemente, quatro anos se passaram em um piscar de olhos. Naquela época, o garotinho, que era tão fofo quanto bolinhas de massa, havia crescido muito, especialmente em altura.

Atrás de Brent estavam a Sra. Baxter, Danna Silva, e Joey, que estava vestido com um terno cinza escuro.

Quando ela viu o rosto familiar de Joey, os olhos de Briley perderam o foco por um momento, mas logo ficou lúcida.

Tinham se passado vários meses desde a última vez que se encontraram, e ele parecia ter perdido muito peso.

Antes que Briley pudesse dizer qualquer coisa, Drew, que estava ao lado dela, se soltou dela e correu feliz em direção a Joey. "Papai Joey..."

Briley sabia muito bem o quanto Drew era apegado a Joey.

Afinal, desde que o pequeno Drew nasceu, Joey o acompanhava, assumindo o papel de uma figura paterna de forma imperceptível.

O vínculo emocional desenvolvido ao longo desses anos não era algo que poderia ser diluído em apenas alguns dias.

Entretanto...

Briley ergueu a cabeça e olhou para Cayson, que estava de pé ao lado dela com uma expressão fria no rosto. Ele estava apertando a mão dela com força.

A maneira como ele a estava apertando estava começando a machucar.

Ela mordeu os lábios e sussurrou baixinho, "Cayson."