Uma Noite, Uma Esposa romance Capítulo 599

Sakurako estava esperando no portão do Grupo Rowe.

Ela não havia dormido bem nas últimas noites. A mente dela estava cheia de pensamentos sobre como Cayson lidaria com a situação dela.

Ela não queria voltar para Bolsten assim. E se Cayson descontasse a raiva dele no pai dela?

Mais importante ainda, se ela fosse embora assim, então... não haveria mais nenhuma possibilidade entre ela e Cayson.

Ao pensar nas coisas estúpidas que fez na noite de anteontem, ela se arrependeu. Se ela não estivesse tão ansiosa e tivesse ido devagar, talvez não tivesse feito uma bagunça tão grande.

Sakurako estava sentada no carro preto, esperando ociosamente.

Eram quase onze horas. Por que Cayson ainda não havia aparecido?

Ele não viria para a empresa hoje? Ele ainda estava cuidando da Briley em casa?

Pensando em como Briley, aquela mulher, era tão íntima de Cayson, Sakurako não pôde deixar de beliscar os dedos. Na gíria de Uplium, era como perder uma coisa que estava ao seu alcance por excesso de ambição.

Justo quando Sakurako estava ficando impaciente, um carro preto parou lentamente no portão do Grupo Rowe.

O homem de casaco preto que acabara de sair do carro não era outro senão Cayson, o homem que ela tanto desejava!

Sakurako guardou rapidamente o celular no bolso, abriu a porta do carro e correu em direção a Cayson. "Espera, Cayson, espera..."

Ao ouvir essa voz, o rosto de Cayson ficou ainda mais frio.

Ele nem sequer virou a cabeça. Ele não se importava com o quão Sakurako gritava enquanto continuava a andar para frente sem hesitação.

"Cayson, Cayson!"

Sakurako sentiu uma explosão de frustração. Ela tinha gritado tão alto, a menos que ele fosse surdo, não tinha como ele não tê-la ouvido!

Era inaceitável que ele a ignorasse na frente de todos!

Ela era a filha de uma família importante e Cayson dependia da influência da família Fujita no mercado de Bolsten. Ele não se importava nem um pouco com isso?

Sakurako rangeu os dentes enquanto corria na direção de Cayson.

Kiran, que veio cumprimentá-los, quis impedi-la, mas Sakurako demonstrou uma postura como se não tivesse medo de qualquer consequência. Kiran não conseguiu realmente derrubá-la, então apenas abriu os braços como uma parede humana, separando Sakurako de Cayson.

Sakurako encarou Kiran antes de olhar para Cayson com expectativa: "Eu vim me desculpar com você."

Cayson olhou para ela friamente, os olhos dele cheios de desgosto.

Ele não disse uma palavra e continuou a ignorá-la.

O coração de Sakurako apertou quando ela o viu prestes a entrar no elevador. Ela rapidamente gritou: "Vale a pena fazer tanto drama por causa de um errinho tão pequeno? Eu já te pedi desculpas. O que mais você quer? Além disso, você não sofreu nenhuma perda... Não tem medo que a minha família rompa a parceria com o Grupo Rowe, causando um colapso total no mercado de Bolsten com essa atitude?"

Assim que ela terminou de falar, Cayson estendeu a mão e parou a porta do elevador, a qual estava se fechando lentamente.

Sakurako sentiu um alívio, parecia que esse homem ainda se importava com a parceria entre as duas famílias.

Inesperadamente, Cayson estreitou os olhos escuros e um sorriso sarcástico se formou em seus lábios finos: "Você acha que a Rowe Enterprises ainda precisa se apoiar na família Fujita pra se firmar no mercado de Bolsten? Hah, você tá se superestimando."

"O que você quer dizer com isso?"

"O que eu quero dizer com isso? Você pode perguntar pro seu pai quando encontrar com ele."

"Cay, Cayson..." Sakurako de repente sentiu uma onda de insegurança inundá-la.

Cayson era como uma fera. O rosto dele era frio, e o coração... era maléfico.

A expressão de Cayson ficou afiada como uma faca, e ele direcionou um olhar penetrante para ela. "Se tem coragem pra conspirar contra mim, deve estar preparada pra suportar as consequências."

Ele olhou para a filha, que parecia furiosa, com um olhar solene. "Sakurako, o Cayson reuniu provas de que você drogou ele, incluindo depoimentos de testemunhas e provas físicas. Se a gente não concordar com os termos dele, ele vai apresentar essas evidências às autoridades de Uplium e vai divulgar tudo pra mídia nos dois países. Se ele fizer isso, você vai ser imediatamente presa e investigada. Mesmo que eu consiga te livrar da cadeia, sua reputação seria irreparavelmente danificada!"

Hikaru Fujita tinha apenas uma filha, Sakurako. Antes da esposa dele falecer, Sakurako tinha apenas três anos. A esposa dele segurou sua mão e o fez jurar proteger a filha por toda a vida.

Em comparação com as ações de quinze por cento, a reputação da filha dele era mais importante.

Ao ouvir as palavras de seu pai, Sakurako arregalou os olhos em descrença. "Ele... ele é realmente tão impiedoso, a ponto de envolver a polícia?"

Embora ela fosse delicada, sabia claramente que se fosse presa em um país estrangeiro, seria crucificada como uma vergonha pelo resto de sua vida quando voltasse para Bolsten. Ela nunca seria capaz de levantar a cabeça, nem encontraria um bom marido.

Hikaru Fujita suspirou impotente. "Sakurako, o Cayson nunca foi uma pessoa comum. Em apenas alguns anos, ele já estabeleceu uma forte presença no mercado de Bolsten... Eu vim pra cá dessa vez pra explorar uma parceria mais ampla com ele, isso teria beneficiado nosso patrimônio. Mal sabia eu que você ia fazer uma coisa dessas..."

Inicialmente, a família Fujita tinha servido como ponte para ajudar a Rowe Enterprises a entrar no mercado de Bolsten. Mas agora a Rowe Enterprises estava totalmente integrada ao mercado e não precisava mais deles como ponte, e Cayson só não havia rompido a parceria por causa do bom relacionamento que tinha criado com Hikaru.

No entanto, as atitudes imprudentes de Sakurako dessa vez irritaram diretamente Cayson. Ele não via razão para manter uma ponte que já havia perdido sua utilidade há muito tempo.

Hikaru Fujita já havia entendido isso há muito tempo, mas Sakurako não se deu conta, achando que o Grupo Rowe teria dificuldades sem a ajuda da família Fujita.

"Pai, não tem outro jeito de resolver isso sem ser devolvendo as ações?" Sakurako não estava pronta para desistir.

"Já era."

Fujita soltou um longo suspiro. "Rápido, arruma suas coisas e vamos. Quando a gente chegar em Bolsten, vou encontrar um marido pra você casar o mais rápido possível. Eu não aguento mais você!"

O corpo de Sakurako balançou, e os olhos dela ficaram vermelhos.

Ela simplesmente voltaria para Bolsten assim, envergonhada?

Não, ela não poderia aceitar isso!

Ela não permitiria que isso acontecesse dessa forma. Ela nunca permitiria isso!