Uma Noite, Uma Esposa romance Capítulo 719

Marisol lutou para manter os olhos abertos, com um brilho tênue de lágrimas nos olhos.

Joey franziu ligeiramente o cenho e disse numa voz profunda, "Parece que a sua lente de contato rasgou."

Marisol pausou por um momento, "Então, o que eu faço agora? É a primeira vez que eu tô usando isso, por isso tá tão desconfortável..."

"Você trouxe o estojinho das lentes de contato?"

"Acho que deve estar na minha bolsa. Vou procurar." Ela apertou os olhos e retirou uma pequena caixa da bolsa.

Joey pegou e verificou. Felizmente, tudo que era necessário para retirar as lentes de contato estavam dentro.

"Não se mexe. Vou te ajudar tirar."

Enquanto falava, ele pegou lenços umedecidos que tinha no carro, limpou brevemente as mãos, pegou as pequenas ferramentas, e removeu a lente de contato macia rasgada.

Sem mais irritação nos olhos, Marisol piscou, aparentando estar muito mais confortável.

Joey pensou por um momento, então removeu a lente de contato do outro olho também.

Marisol riu docemente, "Obrigada, você é meu salvador. Tô me sentindo bem melhor agora."

Joey achou divertido e observou ela apertando os olhos para ver as pessoas, "Você trouxe aqueles seus óculos de armação preta?"

Ao ouvir isso, Marisol procurou na bolsa novamente, então balançou a cabeça com uma expressão meio desanimada, "Esqueci de trazer."

Ela não havia pensado que as lentes de contato podiam ser tão frágeis quando saiu de casa. Surpreendentemente, elas rasgaram após apenas algumas horas de uso.

Bom, ela não vai mais tentar usar lentes de contato. Ela vai continuar usando os óculos de armação preta.

Joey, ao vê-la se esforçando para abrir bem os olhos para enxergar claramente, expressou um pouco de impotência, "Mais tarde, eu te levo pra cima."

Caso contrário, dado o nível de miopia dela, ela poderia acabar tropeçando no corredor.

Provavelmente devido à dificuldade em enxergar claramente, ela falava com ele, chegando bem perto.

Agora, ouvindo que Joey ia escoltá-la até a porta, Marisol sorriu agradecida e disse, "Obrigada de novo, desculpa te atrapalhar."

Os olhos fofos carregavam um sorriso puro, e ela se inclinou tão perto, a leve e doce fragrância do corpo dela flutuando diretamente nas narinas de Joey.

Inconscientemente, ele se inclinou para um lado, criando um pouco de distância entre eles. "Parece que você tá um pouco tonta. Só se apoia em mim e tira um cochilo. Eu te acordo quando a gente chegar", disse ele.

Marisol acenou com a cabeça. Ela sentou-se reta e fechou os olhos.

Joey ajeitou as roupas e pegou o celular para verificar seus e-mails.

Quando ele levantou os olhos de novo, ele viu Marisol afundada contra a porta do carro, a cabeça dela repousando contra a janela dura, parecendo bastante desconfortável enquanto dormia.

Joey hesitou por um momento, mas no final, não resistiu e estendeu a mão para apoiar suavemente a cabeça dela.

Depois de ajustar a cabeça dela, ele não esperava que o corpo dela se inclinasse diretamente em sua direção, mas a cabecinha dela acabou descansando confortavelmente no abraço dele, dormindo tranquilamente.

Olhando para Marisol dormindo nos braços dele, os olhos de Joey se tornaram mais complexos.

Os lábios finos do homem permaneceram apertados por um tempo. De repente, na mente dele, ele se lembrou da maneira calma e tranquila como Briley o havia parabenizado mais cedo esta noite...

No final, ele não a afastou.

Do lado da família Owen, as crianças, todas felizes, se reuniram ao redor de Freya, e esta nova irmãzinha se tornou o centro das atenções.

Enquanto as crianças se divertiam brincando, Briley e Belle acompanhavam o velho mestre Owen em uma conversa.

Recentemente, o velho mestre Owen andava bem animado e a memória dele estava afiada. A fala dele também estava bem coerente.

Na luz do sol da tarde, toda a família se sentou no jardim, ouvindo o velho mestre Owen e a velha madame Owen relembrarem o passado.

Briley conversou com o avô sobre a situação atual dos negócios da Forestrover. O idoso ouviu com alegria e a velha madame Owen, com bom humor, começou a recordar os velhos tempos da Forestrover de muitos anos atrás.

"Quando os nossos antepassados fundaram a Forestrover, eles receberam uma placa de sinalização como uma recompensa da nobreza, e o negócio prosperou na cidade de Mento. Mas, mais tarde, quando o governo imperial caiu e o país sofreu com as revoluções, os negócios da família foram afetados. Quando chegou ao pai do seu vô, na geração do meu bisavô, só tinham dois irmãos, ainda bem jovens. A empresa tava prestes a entrar em colapso."

O pai do velho mestre Owen, Sean Owen, teve uma infância difícil. Os pais dele morreram um após o outro quando ele tinha apenas dez anos de idade, deixando-o para cuidar da irmã de cinco anos, Karissa Owen, sozinho.

Para sobreviver, os irmãos não tiveram escolha a não ser hipotecar a loja, mas não ousaram vender a placa, que estava escondida em casa.

Naquela época, com os líderes de guerra controlando diferentes regiões e a situação tumultuada, Sean teve que começar a trabalhar e se sustentar ainda jovem. Ele vendia jornais nas ruas, carregava sacos de areia nas docas e trabalhava com dedicação. Depois de muitos anos de trabalho árduo, quando estava na casa dos 30 anos, ele se juntou a uma facção associada a figuras influentes da antiga Mento. Devido à ousadia e à lealdade dele, ele ganhou o apoio do líder e também assumiu o controle de alguns negócios. Com os ganhos desses empreendimentos, ele imediatamente comprou de volta a antiga loja que havia sido hipotecada. A Forestrover foi reaberta, graças aos lucros dessas atividades mais ousadas e lucrativas.

Sean não teve uma educação formal significativa. Ele dedicou todo o dinheiro que ganhou para apoiar a irmã, Karissa, em seus estudos. Karissa era igualmente ambiciosa e compartilhava o desejo do irmão de revitalizar os negócios da família. Apesar de ser estudiosa durante os anos de faculdade, ela também passou cinco anos estudando medicina em Bolsten. Quando voltou para Uplium, foi durante a eclosão da Segunda Guerra Mundial. Sean, cheio de fervor patriótico, alistou-se no exército, confiando a Forestrover e sua esposa grávida à irmã.

Depois que Sean foi para o campo de batalha, não houve notícias dele. Seguindo o desejo do irmão, Karissa permaneceu solteira.

Quando a vitória na guerra contra Bolsten foi alcançada, Sean recebeu postumamente a Medalha de Honra. Ele havia recebido a Medalha de Honra ao Mérito de Primeiro Grau duas vezes e a Medalha de Honra ao Mérito de Segundo Grau três vezes. No entanto, durante a batalha final, ele se sacrificou ao lado do inimigo, fazendo o maior sacrifício por seu país.

Ao ouvir essa notícia, a esposa de Sean se casou novamente depois de apenas alguns anos.

No final, Karissa foi quem criou o velho mestre Owen, na época jovem, sozinha, assumindo a responsabilidade pelos negócios da Forestrover. Foi só quando o velho mestre Owen se casou aos vinte anos de idade, capaz de lidar com assuntos e responsabilidades, que Karissa se afastou um pouco. No entanto, os anos de trabalho árduo afetaram a saúde dela, que faleceu antes de ter dias melhores.