Uma Noite, Uma Esposa romance Capítulo 783

Dentro do complexo militar.

Philip estava sentado no campo apertando o celular com força.

O telefone tocava repetidamente, mas sempre vinha um frio lembrete.

"Desculpe, o número para o qual você está ligando não está disponível, tente novamente mais tarde..."

Essa era a décima nona ligação que ele havia feito, mas o receptor simplesmente não atendia.

Olhando para o céu cinzento no horizonte, o humor de Phillip não estava muito melhor do que o céu no momento.

Desde aquela noite, quando Cary dormiu na mesma cama que ele em um estado de torpor, ela desapareceu como se fosse o ar.

Ela não respondia a mensagens, não atualizava as redes sociais, nem atendia ligações...

Estava claro que ela o estava evitando de propósito.

Philip não conseguia entender por que ela estava evitando ele.

Se era por causa do que aconteceu da última vez, ele só queria falar com ela pessoalmente.

Mas ela nem mesmo deu a ele uma chance.

Isso era realmente frustrante, incrivelmente frustrante.

Um conhecido se aproximou dele, percebendo a expressão sombria. Ele brincou casualmente: "Major, o que aconteceu com você? Você terminou um namoro?"

Philip ficou sem palavras.

O colega de classe disse: "Vamos lá, não fica assim tão desanimado. Tem muita mulher solteira por aí. Além do mais, com a sua aparência, seu físico e histórico familiar, só Deus quem sabe quantas garotas têm uma queda por você."

Phillip ficou sem palavras.

Vendo-o ainda em silêncio, a curiosidade do colega cresceu ainda mais. "Por que você tá com essa cara de menina que foi enganada e abandonada por um vagabundo? Quem teve a audácia de partir o coração do nosso Major Silva? Vamos lá, fala comigo, amigo. Deixa eu analisar a situação pra você."

Phillip respondeu, "Não tem necessidade."

Enquanto falava, ele se levantou com o celular na mão e olhou para o céu. "Eu vou sair. Vou pedir uma licença pro líder."

O colega de turma assistiu o homem se afastando e coçou o nariz. "Bom, eu tava esperando ouvir algumas fofocas, mas nem consegui arrancar uma única palavra dele."

Esse Major Silva era um pouco frio demais.

...

No prédio de escritórios da sede da Casa das Flores.

Cary estava lendo o último relatório trimestral quando ouviu duas batidas rítmicas na porta.

Ela respondeu em voz baixa e viu a secretária entrar. "Srta. Bale, você tem visita."

"Cliente? Não lembro de ter nenhum compromisso com clientes hoje", Cary franziu as sobrancelhas ligeiramente, sem notar a expressão tímida da secretária.

Pensando que fosse um novo cliente que estava esperando, ela não levantou a cabeça. "Pede pra ele esperar na recepção. Eu já vou."

A secretária assentiu e logo saiu.

Alguns minutos depois, quando Cary viu o homem alto sentado no sofá, ela parou onde estava.

Como poderia ser ele?

Não, por que ele veio procurá-la?

Ela ficou parada na porta, sem saber o que fazer.

Ainda mais quando a mente dela reprisava automaticamente aquela noite caótica e constrangedora como se fosse um filme.

Desde que ela fugiu do hotel naquela manhã, nunca mais esqueceu disso.

Para deixar esse assunto de lado, ela teve que cortar todas as conexões com Phillip e dedicar todo o tempo e energia ao trabalho. Somente dessa forma ela conseguiria parar de pensar em todas essas bobagens.

Durante esse período agitado, ela realmente parou de pensar naquele momento constrangedor.

No entanto, Cary não imaginava que Phillip viesse bater na porta dela.

Então, por que ele veio?

Cary trancou a porta da sala de recepção com um humor inquieto e complicado. Ela se preparou para ir até ele.

"Oi, quanto tempo, hein! Por que você tá aqui? Você quer comprar flores?"

"Hum, bom... acho que tá acontecendo um mal-entendido aqui... na verdade, você não precisa se sentir responsável por mim... o que eu quero dizer é que naquele dia nós dois estávamos bêbados, mas não aconteceu nada entre a gente... então você não precisa se sentir responsável. Foi só um mal-entendido, vamos esquecer isso, fingir que nunca aconteceu..."

"Como a gente pode fingir que nada aconteceu?" Phillip franziu o cenho.

"Se você não disser nada, e eu não disser nada, ninguém vai ficar sabendo."

"Então você não quer casar comigo?"

Cary ficou sem palavras.

Cary ficou muda e esfregou as têmporas. Essa lógica não fazia sentido.

Ela respirou fundo e disse: "Só tô querendo dizer que, se você quer se responsabilizar pelo que aconteceu naquele dia, não precisa casar comigo."

Phillip franziu levemente os lábios.

Depois de um momento de silêncio, ele olhou para ela e disse: "E se eu gostar de você?"

Cary não imaginava que ele fosse se declarar de repente.

Foi ainda mais abrupto do que a proposta anterior.

Em apenas alguns minutos, ela sentiu como se o coração dela estivesse numa montanha-russa, subindo e descendo.

As bochechas dela estavam um pouco quentes, e ela não podia acreditar no que tinha acabado de ouvir. Ele disse que gostava dela?

Eles não haviam interagido muito, mas nas poucas vezes que o fizeram, seus sentimentos um pelo outro eram bastante positivos.

Então, ela gostava dele?

Cary pensou sobre isso, mas uma resposta clara gradualmente surgiu no coração dela.

Ela realmente gostava dele.

Quanto a quando ela começou a gostar dele, ela não sabia dizer.

Depois de um longo silêncio, Cary olhou para Phillip.

Olhando para o rosto determinado e bonito de Phillip, ela perguntou incerta: "Você gosta mesmo de mim? Ou é só porque se sente responsável pelo que aconteceu naquela noite?"